Cidades

Reforma de parques ecológicos começará pelo Saburo Onoyama, em Taguatinga

Governo anunciou a criação de um projeto para revitalizar unidades de conservação

Caroline Cintra - Especial para o Correio
postado em 26/02/2019 06:00

Mato alto e quadra de esporte malconservada: o Saburo Onoyama, em Taguatinga Sul, vai receber melhorias, que incluem reforço na segurança

O Governo do Distrito Federal iniciou ontem o projeto SOS Parques, com o intuito de revitalizar os parques públicos da capital. Na primeira fase, será feita a recuperação de banheiros e das trilhas, o aumento de sinalização indicativa e educativa, a limpeza, a pintura, a poda, a capinagem e melhorias na segurança. No entanto, o Executivo não informou quanto será destinado ao programa nem quais reservas ambientais serão contempladas.

O secretário do Meio Ambiente, José Sarney Filho, lançou o SOS Parques no Saburo Onoyama, mais conhecido como Vai Quem Quer, em Taguatinga Sul, na manhã de ontem. ;O SOS Parques definirá ações emergenciais a médio e longo prazo. A partir da avaliação e experiência do Onoyama, o projeto será estendido para outras unidades que ainda serão definidas. Esse é um projeto-piloto, porém ainda não foram definidos quais nem quantos parques serão contemplados;, explicou Sarney Filho.

;O objetivo é dar vida para os parques. Queremos que sejam espaços para a realização de competições esportivas de escolas, empresas. Espaço para os ensaios de escolas de música, teatro de rua. Intensificar a questão da educação ambiental também;, ressaltou o presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Edson Duarte.

Segurança

De acordo com ele, o parque Saburo Onoyama, que recebe entre 1,5 mil e 2 mil pessoas diariamente, é o que demanda mais urgência nos reparos e reforço na segurança. Hoje, o local conta com vigilantes, mas, com o SOS Parques, o intuito é ter a policiais militares constantemente no local. ;Infelizmente, alguns pontos do parque se tornaram ponto de encontro para usuários de drogas e isso afasta a população. A princípio, vamos interditar esses locais pontuais até encontrarmos uma solução;, afirmou Duarte.

O presidente do Ibram lembrou que o DF tem 72 parques, mas apenas 18 recebem visitantes. Ele reforça que a ideia do projeto é visitar todos e, com o resultado do piloto, serão feitas as intervenções emergenciais nos demais. ;Os parques são espaços de lazer e entretenimento. São lugares importantes para a população fugir da vida urbana e da rotina, para ter momentos de bem-estar e contato com a natureza. É um lugar que precisa de serviços de qualidade;, destacou.

Além do Instituto, outros órgãos estão envolvidos no projeto: Serviço de Limpeza Urbana (SLU), Casa Civil, Novacap, Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Companhia Energética de Brasília (CEB), Secretaria das Cidades, Administração de Taguatinga, Secretaria de Segurança Pública, Agefis, Fundação dos Economiários Federais (Funcef ) e líderes comunitários das cidades.

Reclamações

Em janeiro, o Correio visitou oito parques do DF e conversou com diversas pessoas que frequentam os espaços públicos. Todos apontaram falhas. No Taguaparque, em Taguatinga, as principais reclamações foram em relação aos brinquedos e bancos estragados. Frequentadores também pediram mais banheiros.

No parque Olhos D;Água, na Asa Norte, o público quer melhorias na infraestrutura. Entre as demandas, destaca a falta de fraldário para trocar as crianças e a construção de um banheiro adaptado para a entrada de carrinhos de bebês.

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