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Agentes e escrivães aceitam proposta de paridade apresentada por Ibaneis

Um dia após delegados concordarem com reajuste salarial em seis parcelas, demais servidores da Polícia Civil também votam a favor da paridade. Proposta será encaminhada ao Congresso Nacional

Na tarde desta quarta-feira (20/2), agentes e escrivães do Sindicato da Polícia Civil do Distrito Federal (Sinpol-DF) decidiram aceitar a proposta apresentada pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) de conceder à corporação a paridade com a Polícia Federal em seis parcelas. A classe se junta ao Sindicato dos Delegados da Polícia Civil (Sindepo-DF), que se posicionou a favor da proposta na terça-feira (19/2). Com o sinal verde dos servidores, o governador deve encaminhar o projeto ao governo federal, para que o Congresso Nacional aprove as alterações.

A decisão aconteceu após assembleia no Complexo da Polícia Civil. Cerca de 500 pessoas participaram do ato e quase todos concordaram pela aceitação do reajuste. Para o presidente do Sinpol-DF, Rodrigo Franco, a proposta significa uma vitória para a corporação. "Estamos há pelo menos quatro anos lutando por essa recomposição. Nem mesmo com os problemas que enfrentamos na gestão passada deixamos de lutar por esse direito. A paridade veio com atraso, mas finalmente conseguimos ter a certeza de que ela vai acontecer", disse.

[SAIBAMAIS]Ainda durante a campanha eleitoral, Ibaneis Rocha prometeu que daria a paridade por completo logo no primeiro dia de governo. Contudo, divulgou o esquema de pagamento da paridade na manhã de terça-feira. O projeto do governo é pagar os 37% de reajuste em seis parcelas. Serão duas por ano até 2021: 10% do valor será repassado ainda neste ano, 13% em 2020, e os 14% restantes no último ano. Os pagamentos serão feitos sempre nos meses de abril e setembro.

Com a paridade, um delegado no último nível da carreira passará a ter um salário de aproximadamente R$ 30 mil, por exemplo. Até o pagamento da última parcela, Ibaneis estima um impacto financeiro de R$ 645 milhões com a medida ; R$ 100 milhões em 2019, R$ 213 milhões em 2020 e R$ 332 milhões em 2021.

Diretor-geral da Polícia Civil, Robson Cândido comemorou a aceitação. "Chegamos a uma proposta executável e que será cumprida em um tempo razoavelmente justo. Agora, queremos mostrar à população o porque de termos sido a primeira categoria a ser lembrada pelo governo. Vamos provar tudo com trabalho", declarou.