Após a tragédia de Brumadinho (MG), que deixou mais de 150 pessoas mortas, o Governo do Distrito Federal (GDF) intensificou os trabalhos de manutenção na Barragem do Paranoá. Nesta segunda-feira (18/2), a Defesa Civil testará as sirenes, que são acionadas em casos de emergência. O órgão vai verificar se o alerta pode ser ouvido a cada dois quilômetros, até a distância de dez quilômetros da estrutura.
De acordo com o subsecretário da Defesa Civil, coronel Sérgio Bezerra, as equipes verificarão se há necessidade de instalação de outras sirenes para realizar uma simulação. Após os testes, os técnicos da entidade se reunirão com os moradores do Núcleo Rural Boqueirão e Paranoá para passar instruções de como agir caso a barragem rompa.
Equipes da Defesa Civil em parceria com profissionais da Companhia Energética de Brasília (CEB) já realizam visitas nas comunidades para dar algumas instruções iniciais aos moradores. A partir do mapa de inundação, eles estabeleceram pontos de encontro às margens direita e esquerda do Rio São Bartolomeu, onde as pessoas podem ficar seguras em casos de desastres.
Preocupação
Outros órgãos, como Departamento de Estradas de Rodagem (DER) também implementam ações para preservar a Barragem do Paranoá. O órgão divulgou que caminhões ficarão proibidos de circular na estrutura e realizou obras de manuntenção na via, como recapeamento. Além disso, ainda estudam a possibilidade de reduzir a velocidade máxima do local.
Apesar das medidas, o cenário e a especulação preocupam moradores das proximidades abaixo da represa, principalmente os habitantes do Núcleo Rural Boqueirão, que seriam os primeiros atingidos em caso de um problema que provocasse o rompimento da estrutura ; ou uma vazão emergencial da água do lago.