Cézar Feitoza - Especial para o Correio
postado em 15/02/2019 21:12
Uma casa de prostituição foi fechada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na 411 Sul, nesta sexta-feira (15/2). Uma mulher, a suposta mantenedora da casa, foi presa e outras três levadas para prestar depoimentos aos investigadores.
A 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul) iniciou a operação na semana passada, quando recebeu uma denuncia anônima, de que mulheres mantinham um ponto de prostituição em um apartamento do bloco P da quadra.
Três mulheres realizavam os programas, ao custo de R$ 100, e uma mantinha a casa, que já funcionava há quatro meses, segundo a corporação. Com os pagamentos, as garotas de programa pagavam o aluguel e o condomínio, que, somados, chegavam a R$ 2 mil. A máquina de cartão utilizada pelo grupo pertencia a outra pessoa, que também recebia repasse de R$ 10 por programa, como ressarcimento da taxa cobrada pela operadora.
Em depoimentos, as mulheres contaram ter, em média, cinco encontros por dia. Isso equivale a R$ 15 mil por mês. Entretanto, com os pagamentos para o sustento da casa, o valor que ficava com elas baixava.
O delegado Pedro Koenigsdorf, da 1; DP, conta que apreendeu equipamentos utilizados para a logística da casa. "Pegamos onze celulares, uma maquina de cartão de crédito e um caderno, em que elas faziam diversas anotações sobre os pagamentos. Tem muita informação nestes locais que iremos ver", detalha.
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Prisão
O nome da gerente não foi divulgado pela PCDF. Ela foi presa em flagrante e encaminhada à Delegacia de Polícia Especializada. A mulher vai dormir no local e passará por audiência de custódia no sábado (16/2), quando será julgado se ela responde presa ou em liberdade.
O delegado conta que as outras mulheres, após prestarem depoimentos, foram liberadas. "O artigo 229 do Código Penal fala ;manter casa de prostituição;. Então, ela incide neste artigo. Ela mantinha essa casa, teoricamente, explorando a mão de obra de outras meninas. Prostituição não é crime, manter a casa é", destaca.