Os quatro são acusados de realizar uma espécie de "aluguel" de cartões que estavam em nomes de terceiros. Segundo Wisllei Salomão, delegado-chefe da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf), os suspeitos recebiam um valor em dinheiro mais baixo que o da passagem e passavam o cartão na catraca para os "clientes".
Assim, em alguns casos, quem pagava o valor podia fazer uma viagem de integração que, normalmente custaria R$ 15, por apenas R$ 5. Ao todo, sete cartões foram apreendidos, entre eles Passe Livre, vale-transporte e cartão especial.
Ainda segundo o delegado, os proprietários dos cartões apreendidos serão notificados para apresentarem explicações. Todos os cartões serão bloqueados. Na hora da prisão, os acusados relataram que os verdadeiros donos dos cartões sabiam das infrações e ficavam com uma porcentagem do dinheiro.
A operação é uma parceria da Coordenação de Repressão Aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e Fraudes (CORF) e a Subsecretaria de Fiscalização, Auditoria e Controle, da Secretaria de Mobilidade.
Bloqueio
No início deste mês, o governo bloqueou 27,7 mil cartões de usuários do transporte público por indícios de fraudes. O prejuízo anual com as irregularidades pode chegar a R$ 100 milhões. ;Identificamos, por exemplo um cartão de idoso utilizado 63 vezes em um único dia. Há também o caso de um funcionário de empresa transportadora que realizou 53 embarques;, explica o diretor de Tecnologia da Informação do DFTrans, Públio Cavalcante.
Ele lembra ainda que a situação mais gritante foi a de um usuário que realizou 67 embarques em um só dia. Segundo Públio, se todas as fraudes forem confirmadas, o prejuízo pode alcançar R$ 8,5 milhões por mês.