A família do empresário Maurício Mendes Araújo, de 38 anos, vive em desespero desde a terça-feira (5/2), quando ele desapareceu. A estudante de enfermagem e esposa, Marina da Silva Araújo, de 29 anos, conta que no dia do ocorrido, saiu para trabalhar logo cedo e o marido, que é dono de uma padaria em Ceilândia e estava de folga, ficou em casa com os dois filhos, um menino de 6 anos e um de 10.
A família mora no setor P Sul e Maurício levou as crianças para a casa da babá, que fica na mesma área, por volta de 11h. Em seguida, visitou a mãe, também no P Sul e voltou para casa, onde tomou banho e nunca mais foi visto. ;Por volta de 19h eu cheguei e encontrei tudo escuro, o que era muito estranho. Fui à casa da babá e os meninos ainda estavam lá. Normalmente meu marido os busca às 15h. A mãe dele também não sabia onde ele estava e foi aí que eu entrei em desespero;, relembra.
Há cerca de um ano e meio, Maurício teve descolamento da retina e perdeu a visão do olho direito. Desde então, mergulhou em um estado de depressão e fazia tratamento com psicólogos e psiquiatras, mas Marina conta que mesmo assim ele estava mal. ;Tentamos duas cirurgias para recuperar a visão dele, mas não adiantou. ;Ele reclamava muito, tinha medo de ficar cego;.
Depois de notar o desaparecimento, ela procurou o marido no Hospital Regional de Taguatinga (HRT), no Hospital Pronto Atendimento Psiquiátrico (HPAP) e rodoviária, mas não teve sucesso. No dia seguinte (6/2), foi à 23; Delegacia de Polícia (DP), localizada em Ceilândia e registrou boletim de ocorrência. ;Infelizmente eles falaram que não é fácil, são muitos os desaparecidos. Até agora não recebi notícia nenhuma;, lamenta. Apesar de estar tomando medicamentos para a depressão, Marina garante que o marido nunca teve nenhuma atitude semelhante e não é usuário de drogas.
Apenas na quarta-feira, depois de abrir um armário, ela encontrou um bilhete de despedida e R$ 900,00. No recado, pedia perdão. ;O aluguel vence amanhã. Até nisso ele pensou;. A despedida não foi apenas para ela. As crianças relataram que na última vez que viram o pai, ele os abraçou dizendo amar muito cada um e que eles nunca se esquecessem dele. ;Os meninos não sabem ainda. Falei para eles que o pai tinha viajado. São muito apegados, principalmente o mais novo, mas eles já sentem. (O caçula) estava chorando esses dias;.
Como ajudar
Quem souber do paradeiro de Maurício pode entrar em contato com Marina pelos telefones (61) 9.9351-4314 ou (61) 9.8171-2087