Jornal Correio Braziliense

Cidades

Após oito horas detido, homem que tentou invadir escola é liberado

O ex-policial prestou esclarecimentos sobre as acusações na 2ª DP. Como não tinha mandado de prisão expedido, ele foi solto por volta das 18h

O ex-policial civil foi solto por volta das 18h desta sexta-feira (8/2). Ele estava detido desde às 10h, quando foi encontrado pela Polícia Militar no depósito do Detran, na Asa Norte. O homem é acusado de tentar invadir a escola Pedacinho do Céu, também na região administrativa, na segunda (4/2) e terça-feira (5/2).

Ele ficou cerca de oito horas na 2; Delegacia de Polícia (Asa Norte), onde prestou esclarecimentos aos investigadores a frente do caso. Como não havia mandado de prisão expedido contra o suspeito, ele foi liberado.

Durante toda esta terça-feira (8/2), . Funcionárias de uma academia que o suspeito frequentava, na Asa Norte, foram as primeiras a comparecerem ao local.

Em depoimento ao Correio, sob condição de anonimato, testemunhas afirmaram que o ex-policial assediava clientes do estabelecimento e que, em uma ocasião, teria dado o telefone dele para uma criança de 6 anos. Ainda, há relatos de que o ex-policial civil chegou a se apresentar como professor de artes marciais e ofereceu aula pra uma criança de 10 anos.

O homem teria deixado pendências financeiras na academia. Após a repercussão da tentativa de invasão da escola, funcionários foram orientados a irem à delegacia. O objetivo é que o acusado seja impedido de voltar a frequentar o espaço.

Mães de estudantes também foram à 2; DP, alegando que o ex-policial foi visto nas imediações de outra escola, na 912 Norte. Além dos depoimentos aos agentes, as mulheres criaram um grupo de comunicação no WhatsApp, para a troca de informações.

O ex-policial tem extensa ficha criminal. Ele foi condenado por ato obsceno. Na ocasião, o homem teria mostrado o órgão genital para duas adolescentes de 15 e 11 anos. O homem pegou 5 anos de prisão, contudo, a pena foi substituída por restritiva de liberdade. O ex-policial também é réu em outros três processos por estupro de vulnerável, ultraje público ao pudor e lesão corporal.