A vítima era moradora de rua, tinha entre 20 e 30 anos. Ela foi esfaqueada durante uma emboscada, supostamente armada pelas adolescentes, de 17, 16 e 15 anos. A mulher foi atacada com uma faca, levando nove golpes no peito e nas costas. Após o crime, as suspeitas fugiram correndo do local. Uma câmera de segurança filmou a fuga. Em respeito ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), o Correio não divulgará o vídeo das suspeitas.
Uma testemunha foi responsável por encontrar a moradora de rua, que ainda estava viva. Ele acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas foi em vão.
A princípio, a polícia trabalhava com a hipótese de acerto de contas, uma vez que a vítima era usuária de drogas, como delimitou o delegado-chefe Hudson Maldonado. "Apuramos que a adolescente de 17 anos tinha uma desavença com a vítima. Duas das jovens teriam apenas aderido à conduta, ajudando no assassinato. Somente a quarta integrante não colaborou, chegando a gritar para que as amigas parassem", explicou.
A vítima e a adolescente de 17 anos tinham se envolvido em uma briga. Na ocasião, a moradora de rua teria agredido uma amiga da jovem, que quis se vingar.
Os investigadores chegaram até as adolescentes por meio de imagens de circuito de segurança e depoimentos de testemunhas. As suspeitas moram com a familía na região administrativa. Elas responderão por ato infracional análogo ao crime de homicídio.
"Ainda, soma-se dois qualificadores à pena: o motivo fútil e a impossibilidade de defesa da vítima. Ao todo, as adolescentes podem ficar até três anos internadas", finalizou o delegado Hudson Maldonado.