Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu na BR-060. Marcelo havia saído mais cedo do trabalho e fazia o trajeto rotineiro, quando duas pessoas em uma moto começaram a persegui-lo e fizeram os disparos.
Dos 16 tiros contra o carro de Marcelo, quatro acertaram o agente penitenciário: dois nas costas, um no braço e outro no abdômen. A vítima conseguiu revidar os tiros e, mesmo ferido, dirigiu até o posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) da BR-060.
Marcelo, após atendimento inicial do Corpo de Bombeiros, foi encaminhado ao Hospital Regional de Ceilândia, onde foi submetido a uma cirurgia. "A situação dele é estável, mas ainda considerada grave", conta o delegado Felipe Socha, responsável pelo plantão na Delegacia de Polícia de Águas Lindas. "Tratamos o caso, inicialmente, como um atentado. Estamos investigando para saber se há alguma relação entre o caso e o ocorrido ontem (quando outro agente penitenciário matou um interno). Provavelmente, tenham errado o alvo", destacou.
Morte do interno
Um interno do presídio de Santo Antônio do Descoberto (GO) morreu, na tarde dessa quinta-feira (31/1), após tentar pegar a arma de um agente penitenciário. Otávio Artur de Brito levou um tiro do vigilante. Outros quatro internos se feriram por outros disparos, mas não correm risco de morte.
O caso aconteceu durante uma visita a internos. Logo após os agentes penitenciários retirarem os visitantes da carceragem, cinco internos avançaram em um agente penitenciário. À frente dos colegas, Otávio foi o primeiro a tentar pegar a arma do vigilante, que respondeu à tentativa com um disparo e matou o jovem. Outros quatro presos partiram para cima do agente, que respondeu com mais um tiro.
A Polícia Civil trata o caso dentro do presídio como uma tentativa de rebelião. Segundo o órgão, o agente penitenciário se viu encurralado pelos internos e realizou os disparos em legítima defesa.
A perícia da PCGO foi ao presídio para apurar a situação em que os disparos foram efetuados e, a depender da análise, o agente penitenciário responsável pelos tiros poderá responder criminalmente. A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária de Goiás (DGAP) instaurou um processo administrativo disciplinar para apurar o caso.