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Agente penitenciário de Goiás é baleado após morte de interno

Marcelo Gonçalo, 40 anos, está em estado grave. Às 3h desta sexta-feira (1º/2), o carro que dirigia levou 16 tiros, sendo que quatro o acertaram

Um agente penitenciário do presídio de Santo Antônio do Descoberto (GO) foi baleado, por volta das 3h desta sexta-feira (1;/2), e está em estado grave. Marcelo Gonçalo, 40 anos, dirigia um Honda Civic a caminho de casa quando dois homens em uma moto efetuaram 16 disparos contra o veículo. A Polícia Civil de Goiás (PCGO) investiga se o caso tem relação com o fato ocorrido nessa quinta-feira (31/1), quando outro agente penitenciário atirou contra internos, deixando um morto e quatro feridos.

Segundo a Polícia Civil, o crime ocorreu na BR-060. Marcelo havia saído mais cedo do trabalho e fazia o trajeto rotineiro, quando duas pessoas em uma moto começaram a persegui-lo e fizeram os disparos.
Dos 16 tiros contra o carro de Marcelo, quatro acertaram o agente penitenciário: dois nas costas, um no braço e outro no abdômen. A vítima conseguiu revidar os tiros e, mesmo ferido, dirigiu até o posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) da BR-060.
Marcelo, após atendimento inicial do Corpo de Bombeiros, foi encaminhado ao Hospital Regional de Ceilândia, onde foi submetido a uma cirurgia. "A situação dele é estável, mas ainda considerada grave", conta o delegado Felipe Socha, responsável pelo plantão na Delegacia de Polícia de Águas Lindas. "Tratamos o caso, inicialmente, como um atentado. Estamos investigando para saber se há alguma relação entre o caso e o ocorrido ontem (quando outro agente penitenciário matou um interno). Provavelmente, tenham errado o alvo", destacou.

Morte do interno


Um interno do presídio de Santo Antônio do Descoberto (GO) morreu, na tarde dessa quinta-feira (31/1), após tentar pegar a arma de um agente penitenciário. Otávio Artur de Brito levou um tiro do vigilante. Outros quatro internos se feriram por outros disparos, mas não correm risco de morte.

O caso aconteceu durante uma visita a internos. Logo após os agentes penitenciários retirarem os visitantes da carceragem, cinco internos avançaram em um agente penitenciário. À frente dos colegas, Otávio foi o primeiro a tentar pegar a arma do vigilante, que respondeu à tentativa com um disparo e matou o jovem. Outros quatro presos partiram para cima do agente, que respondeu com mais um tiro.

A Polícia Civil trata o caso dentro do presídio como uma tentativa de rebelião. Segundo o órgão, o agente penitenciário se viu encurralado pelos internos e realizou os disparos em legítima defesa.

A perícia da PCGO foi ao presídio para apurar a situação em que os disparos foram efetuados e, a depender da análise, o agente penitenciário responsável pelos tiros poderá responder criminalmente. A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária de Goiás (DGAP) instaurou um processo administrativo disciplinar para apurar o caso.