Jornal Correio Braziliense

Cidades

Três pessoas são baleadas no Hospital do Gama e uma fica ferida após briga

Três homens discutiram dentro de um coletivo e seguiram em direção ao HRG, quando foram abordados por um vigilante do local, que disparou quatro tiros

Uma briga nas intermediações do Hospital Regional do Gama (HRG) terminou com quatro pessoas feridas na tarde desta quinta-feira (17/1). Segundo informações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), um homem estava dentro de um ônibus quando entrou em luta corporal com um desafeto.

Após ter sido atingido pelo rival com uma faca, ele saiu do coletivo e seguiu, junto com um amigo que viu a briga de fora do ônibus, em direção ao HRG em busca de proteção. Ao presenciar a cena, um vigilante da unidade de saúde tentou abordar o trio. Porém, eles continuaram correndo em direção à guarita.

Com isso, o vigilante fez quatro disparos em direção aos homens, atingindo um deles no tórax e um outro segurança da unidade hospitalar no braço. Os dois foram atendidos pelo Corpo de Bombeiros e internados no hospital para atendimento médico. Segundo os militares, a vítima atingida no tórax está em estado grave.

Os outros dois homens que estavam na discussão foram encaminhados para prestar esclarecimentos na 20; Delegacia de Polícia (Gama - Setor Oeste). Um deles chegou à unidade com um ferimento no tórax que, segundo ele, aconteceu após esbarrar em uma grade enquanto corria para o HRG.

Uma funcionária da unidade hospitalar que não quis se identificar relatou que "muitos tiros" foram disparados no local. "Como o medo é grande na hora, eu não sei te dizer exatamente quantos", contou.

Inicialmente, a suspeita era de que o trio tinha ido em direção à guarita para tentar roubar a arma do vigilante, mas a versão não foi confirmada posteriormente.

Após serem liberados pela Polícia Civil, depois de prestar depoimento, Eduardo da Silva, 24 anos, e Rafael Pereira, 23, os dois rapazes que fugiam do homem com a faca, conversaram com a reportagem do Correio e relataram que o problema com o desafeto vem de "muito tempo".
"O vigilante se assustou, mas ele também é vítima", contou Rafael. A arma utilizada pelo segurança no momento da confusão foi aprendida pela Polícia Militar. A investigação será transferida para a 14; Delegacia de Polícia (Gama - Setor Central)