Testemunhas relataram ao Correio que um dos suspeitos da morte do estudante da Universidade de Brasília (UnB) Milton Junio Rodrigues de Souza é conhecido na Rodoviária como Galego, costuma andar pelo terminal com uma caixa de engraxate nas costas, mas sequer oferece o serviço. Ainda de acordo com os relatos, ele vive de pequenos crimes, como roubos e furtos.
O rapaz mora com a família sobre papelões, ao lado do banheiro da Plataforma B e teria permanecido no local após o crime. ;Era umas 8h. Ele estava do lado de lá (perto do Teatro Nacional), de cabeça baixa. Eu perguntei se estava tudo bem com ele, mas ele não falou nada para mim;, contou uma vendedora, que não quis se identificar.
Segundo ela, o adolescente costumava cometer crimes e chegou a ser detido outras vezes por posse de arma de fogo e roubo. ;Ele fica perto do banheiro à noite, vendo quem entra e sai de lá. Como mora aqui, conhece as pessoas e rouba quem ele sabe que não é daqui;, afirma.
Em um primeiro momento, os moradores de rua que circulam pela Rodoviária não quiseram comentar o crime ocorrido na madrugada. Galego e a família são queridos por parte deles. ;É triste ver o Galego nessa situação. A família deve estar arrasada;, contou uma comerciante.
Assassinado durante a madrugada
Milton Junio estava acompanhado de amigos no momento do crime. Eles haviam saído de uma festa no Setor Bancário Sul (SBS) e, na Rodoviária, se envolveram em uma discussão por conta de um isqueiro. O suspeito esfaqueou o estudante e levou alguns dos pertences dele, o que leva a polícia a investigar o crime como latrocínio (roubo com morte).