Iniciando os trabalhos em 2019, a associação sem fins lucrativos Café com Samba fez a sua primeira apresentação do ano neste sábado (12/1), na Torre de TV. O grupo, formado por voluntários, usa o ritmo musical como um instrumento de transformação social: a cada show, os integrantes recolhem doações para ajudar a creches, orfanatos, asilos e instituições de caridade do DF. Apenas hoje, diversos alimentos, principalmente arroz e feijão, foram doados pelo público que prestigiou o som do grupo.
"Batizamos a iniciativa de ;alimente mais um;. Ou seja, é um projeto pelo qual queremos diminuir a fome das pessoas mais necessitadas do DF. Por mais que seja difícil, creio que o pouco que cada um fizer pode ser importantíssimo. A partir do momento em que somos mais solidários, já estamos ajudando de alguma forma", disse uma das apoiadoras do Café com Samba, a agente social Mallu Cossich, 52 anos.
[SAIBAMAIS]O encontro deste sábado começou às 9h. Mais de 20 pessoas se revezaram cantando e tocando os instrumentos. Alternando entre sambas antigos e recentes, o grupo fez a felicidade de quem transitava pela Feira da Torre de TV. "O Café com Samba é especial, pois é o momento em que doamos um pouco da nossa arte para alegrar as outras pessoas. Conseguimos perceber pelo olhar de cada uma que aquela música que tocamos tem algum valor na vida delas. Isso é gratificante", destacou um dos criadores do grupo, o funcionário público Luciano Ibiapina, 43.
Sempre no segundo sábado de cada mês, o Café com Samba se apresenta na Torre de TV. Periodicamente, o grupo também vai a espaços como hospitais, orfanatos, asilos, escolas e instituições de acolhimento para levar um pouco de alegria por meio da música. "O nosso objetivo é tentar tornar mais feliz o cotidiano de pessoas que enfrentam algum tipo de problema, seja físico ou emocional. Acreditamos que o samba é uma importante ferramenta para esse objetivo. Nada melhor do que uma coisa genuinamente brasileira para alegrar a nossa população", reforçou Luciano.
Um grande público acompanhou o som do Café com Samba. Mesmo quem não faz parte do grupo, levou seu instrumento para acompanhar os sambas e pagodes interpretados, como o motorista Francisco das Chagas, 66. Com um pandeiro, ele aproveitou o show deste sábado do início ao fim. "Sempre quando tem apresentação aqui, eu venho. O samba está no meu sangue. Poucas coisas no mundo são melhores que samba", frisou.
Ele contribuiu para a causa do Café com Samba e levou arroz como doação. Para Francisco, a iniciativa pode servir como exemplo a toda a sociedade. "Acho que cada um pode fazer mais pelo próximo. Mesmo que seja uma atitude pequena, isso pode representar bastante para outra pessoa", afirmou.