O governador Ibaneis Rocha (MDB) anunciou, na tarde desta sexta-feira (11/1), mais uma etapa do SOS DF. Desta vez, o foco foi a segurança pública. Na praça do Buriti, mais de 600 bombeiros e policiais militares, além de dezenas de agentes do Detran e de policiais civis, acompanharam a oficialização programa.
Dentre as medidas emergenciais para o setor, Ibaneis Rocha disse que inicialmente injetará R$ 300 milhões para a gratificação de trabalho voluntário das polícias Civil e Militar. Os servidores receberão R$ 400 por trabalho extra realizado em dia de folga.
Hoje, apenas os militares podem fazer esse serviço e recebem R$ 300 por hora extra. ;Pretendemos levar em torno de 300 policiais às ruas para trazer de volta a sensação de segurança para a população. A previsão é de que seja possível aumentar em 25 mil horas mensais o trabalho da PM."
O governador pretende trazer estender a medida a agentes da Polícia Civil. Para isso, é necessário encaminhar Projeto de Lei com a proposta à Câmara Legislativa. "Nosso objetivo é reabrir todas as delegacias do DF em tempo integral;, afirmou.
Ibaneis Rocha também garantiu paridade salarial entre as polícias Federal, Civil e Militar. ;Criamos uma ordem de serviço com o sindicato de cada uma das categorias para discutirmos e garantirmos esta proporcionalidade;, esclareceu. O prazo é de 15 dias para o lançamento do estudo, que contará com o auxílio do secretário da Fazenda, André Clemente, e do de Segurança, Anderson Torres, na elaboração.
Todas as ações visam garantir a qualidade do serviço de segurança, conforme garantiu o emedebista: ;Vivemos um momento em que os cidadãos estão aprisionados e os bandidos, soltos. Vamos dar todo o suporte para a polícia;.
Críticas ao governo anterior
Durante a sessão solene, Ibaneis Rocha acusou o ex-chefe do Buriti Rodrigo Rollemberg (PSB) de pedalada de R$ 1,1 bilhão nas folhas de pagamento de servidores.
;Ainda estamos em fase de apuração das contas da gestão anterior. Mas o que estamos encontrando é assustador, como pedaladas de R$ 1,1 bilhão referentes às folhas de pagamento;, afirmou o emedebista. O rombo seria relativo às remuneração de dezembro de 2018.
De acordo com o ex-secretário de Fazenda, Wilson de Paula, toda a folha de pagamento dos servidores foi liquidada em 2 de janeiro. "Não tem fundamento isso que ele (Ibaneis Rocha) está falando. Tivemos problema com os professores, mas estava tudo pronto para ser quitado no dia 3 (de janeiro). O fluxo financeiro deste mês está fluindo e sequer fomos procurados pela equipe de transição. Não há qualquer furo", afirmou.
Colaborou Bruna Lima (Especial para o Correio)