Pela primeira vez desde que tomou posse como governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha visitou na manhã desta quarta-feira (9/1) as obras de reconstrução do viaduto do Eixão Sul sobre a Galeria dos Estados, que desabou em fevereiro de 2018. Segundo o chefe do Executivo local, a meta é entregar a obra, que hoje está 25% concluída, até o fim de março.
"A empresa responsável pela reconstrução nos havia dado um prazo até maio para finalizar as obras. Contudo, a nosso pedido, eles devem acelerar as ações. Já se comprometeram a trabalhar em dois turnos e também a colocar mais pessoas para atuar aqui. Queremos devolver o viaduto à sociedade da forma mais rápida", afirmou.
Ibaneis disse que também visitou o local para entender as razões do desabamento e, dessa forma, evitar que a cidade "caia aos pedaços". "A partir da próxima semana, junto à Secretaria de Obras, à Novacap e ao DER, vamos visitar todos os viadutos apontados por um relatório do Tribunal de Contas como em situação de risco", disse.
O relatório ao qual o governador se refere foi divulgado em dezembro de 2018. Segundo o tribunal, nove pontes e viadutos do DF apresentam necessidade de intervenções imediatas. Os defeitos que acarretaram o desabamento do viaduto do Eixão estão presentes em quase todas as estruturas analisadas.
"Vamos criar um programa permanente de verificação e manutenção de todo o mobiliário de viadutos do Plano Piloto e do DF. Eles envelheceram rápido e não receberam a atenção devida. Esse (viaduto sobre a Galeria dos Estados) é o exemplo do descaso, e eu não quero deixar que esse descaso tomar conta da nossa cidade", frisou.
De acordo com Ibaneis, a opção de reconstruir apenas parte do viaduto foi errada. "Na minha visão, deveria ser demolida toda a estrutura para construir um novo viaduto. Na verdade, estão apenas adicionando uma parte ao velho viaduto, o que dá ainda mais trabalho, pois será preciso reforçar toda a estrutura antiga", opinou. Além disso, ele classificou como descaso o desabamento que aconteceu há quase um ano.
"A queda desse viaduto era plenamente previsível por qualquer engenheiro ou um leigo. Com a infiltração da água, os cabos que estavam ali dentro foram apodrecendo e se romperam. Isso deve estar acontecendo em todos os viadutos do DF. A queda aconteceu pelo descaso das administrações que se passaram ao longo dos anos", apontou.
O secretário de Obras do DF, Izídio Santos, acompanhou Ibaneis na vistoria ao viaduto. Segundo ele, ainda em janeiro, a empresa responsável pela obra deve começar a erguer os pilares de sustentação onde será feito o novo viaduto. "Isso vai mostrar bastante serviço. Mesmo assim, muita coisa já foi feita, apesar de não estar visível à população. A fundação está pronta, assim como 28 estacas tubulares. Vamos o ritmo para concluir a obra no prazo em que o governador estabeleceu", disse.