A ideia, segundo o secretário de Desenvolvimento da Região Metropolitana, Paulo Roriz, é de que o VLT passe por testes no primeiro mês após a chegada dos vagões até começar a transportar passageiros. "No fim de fevereiro, entraremos no período de cinco meses de avaliação do transporte com passageiros. Se a população e o governo do DF aprovarem, passaremos para a consolidação do trecho no DF", conta Roriz.
A chegada do VLT é possível graças a reformas feitas nos dormentes dos trilhos da Ferrovia Centro Atlântica, que liga as duas cidades até o Porto de Santos, passando por Goiás e Minas Gerais até chegar no estado de São Paulo. Hoje, sobre os trilhos, trens com cargas - soja e areia, principalmente - chegam com destino ao DF diariamente.
"Como vai proceder o transporte de passageiros nós ainda não sabemos. Faltam detalhes técnicos para aprovarmos junto ao Governo Federal", relata Paulo Roriz. Haveria uma reunião para a resolução de pendência entre a pasta do DF, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), ligada ao Ministério do Desenvolvimento Regional, e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) nesta sexta-feira (4/1), mas a transição do Governo Federal ainda não se consolidou e o encontro teve de ser adiado.
Projeto antigo
Em dois anos, Marcelo realizou estudos de viabilidade técnica e financeira e viu que seria possível a consolidação do transporte de passageiros entre as cidades pelos trilhos da Ferrovia Centro Atlântica. Entretanto, o plano foi engavetado com o passar do tempo. "Não sei ainda muito bem o porquê do projeto não ter saído do papel àquela época. O importante, agora, é que o VLT vai chegar".
Apesar do projeto inicial chegar a Luziânia, o CBTU, a ANTT e o GDF vão reduzir o trajeto até Valparaíso, por causa da viabilidade técnica, indica Paulo Roriz. "O trilho, em Luziânia, não fica tão perto da cidade. A adesão da população será menor no município. Em Valparaíso não, a linha férrea passa dentro da cidade", esclarece.
Entretanto, a ideia é estender o alcance do VLT até o quinto município mais populoso de Goiás nos próximos anos. "Isso demanda tempo. Mesmo que o governador tenha o maior interesse, isso não é um processo rápido. É um processo que exige a formulação de normas técnicas, de instalação de novos trilhos", indica.