Segundo a PCDF, os valores cobrados pelos criminosos variavam de R$ 500 a R$ 1.000. Os comerciantes que não compactuassem com o pagamento sofriam ameaças. Além disso, a dupla também acionava comparsas da região para praticar assaltos nos estabelecimentos. De acordo com o delegado Rodrigo Bonach, a estimativa é de que 20 empresários eram extorquidos.
Porém, por medo de represálias, apenas três vítimas compareceram para prestar depoimento. ;Acreditamos que podem haver outras;, explicou o responsável pelo caso. Bonach assemelhou ainda a forma de atuação da dupla com a prática de milícia. ;Esse tipo de cobrança por segurança é algo novo para a gente. Se a polícia não agisse rápido, poderia expandir para um esquema miliciano;, apontou.
A maioria dos comerciantes que foram vítimas do esquema trabalhavam no comércio central da Estrutural. Porém, apenas Marcelo residia na cidade. Já Maurício morava em Águas Lindas de Goiás e se deslocava até a região para praticar a extorsão, que gerava mensalmente cerca de R$ 15 mil aos criminosos.
A dupla já cumpria prisão domiciliar por crimes anteriores de roubo e porte ilegal de arma de fogo e ficaram presos preventivamente à disposição da Justiça. Agora, a pena anterior será regredida para regime fechado. Agora, os irmãos também serão indiciados por extorsão, com pena variando de 4 a 10 anos de reclusão.