Jornal Correio Braziliense

Cidades

Combate à violência contra idosas é tema de evento na estação 112 Sul

Música, poesia e orientações fizeram parte da programação do evento no terminal do metrô nesta terça-feira (4/12)

Com o objetivo de diminuir os índices de agressão a mulheres e idosos, um evento que faz parte da campanha "16 dias de ativismo pelo fim da violência contra mulher" preparou uma programação para conscientizar pessoas que passaram pela estação do metrô da 112 Sul nesta terça-feira (4/12). Música, poesia e orientações sobre como os homens podem ajudar nessa luta fizeram parte da ação, apoiada pelo Conselho dos Direitos do Idoso

Também foram distribuídos laços brancos, símbolo do movimento em que homens são convidados a se envolver no combate à violência contra as mulheres. O presidente do Conselho dos Direitos do Idoso, Rones Lobão, explica que a idosa é ainda mais vulnerável. "Integrar homens nessa campanha é importante, porque, muitas vezes, a violência é cometida por homens, e ele precisa ter consciência de que pode ajudar a fomentar esse combate", alerta.

No evento, a secretária adjunta de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, Joana Mello, ressaltou a importância de compartilhar os canais de denúncia. Segundo Joana, em 2011, Brasília estava em primeiro lugar no ranking de denúncias de violências registradas. Em 2017, foi para nono, e isso aconteceu por causa de trabalhos de conscientização. "Quanto mais as pessoas estiverem conscientizadas, mais os agressores se sentirão intimidados e não mais reproduzirão a violência. Queremos um Brasil melhor, com mais solidariedade e respeito com todas as gerações", afirma.

Direitos

Sempre com sorriso no rosto, Floriza Oliveira da Silva, 73 anos, distribuiu pela estação laços brancos e panfletos. Ela participa com frequência de eventos direcionados à terceira idade e reafirma a importância de os idosos se manterem ativos. "Precisamos que todos fiquem sabendo dos seus direitos. Não é porque somos idosos, que paramos de viver. Também não devemos aceitar ser destratados por ninguém", ressalta.

Maria de Lourdes da Silva, 78, é Presidente da Associação Comunitária dos Idosos de Taguatinga e fez questão levar uma caravana para o evento. "Precisamos exercer o nosso papel e divulgar os nossos direitos para combater a violência contra o idoso e contra as mulheres. Devemos continuar na luta, tirar os idosos de casa para que eles possam entender os seus direitos, não só no banco, mas em casa, na família e em todos os lugares", aponta. "Em idoso e em mulher, não se bate, dá-se flor, carinho e abraço. Precisamos de pessoas com o coração bom ao nosso redor e para ajudar a amolecer o dos demais."