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Cidades

Após ação popular, Promotoria avalia e aprova condições do Zoo de Brasília

Promotores realizaram uma inspeção no local após o ajuizamento de uma ação popular em razão da morte de três mamíferos apenas neste ano

, que questionou a qualidade das instalações e segurança dos animais que vivem no local. A polêmica surgiu após o óbito do elefante Babu, o da giraffa Yvelise e de uma ádax. Todas as mortes aconteceram no primeiro semestre neste ano.

Segundo o promotor de Justiça Roberto Carlos Batista, as instalações estão em bom estado. "Após a inspeção judicial, o juiz deve sentenciar em breve", afirma.

Morte dos animais

Em 7 de janeiro, o elefante Babu faleceu repentinamente após uma parada cardiorrespiratória, aos 25 anos de idade. Técnicos da instituição realizaram os exames de sangue para averiguar a causa da morte, a qual levantou a suspeita de envenenamento. Babu era considerado um jovem adulto, uma vez que elefantes em cativeiro costumam viver até os 60 anos. Somente a partir dos 40 anos são considerados idosos. Os cuidados com a companheira de Babu, a Belinha, foram redobrados.
Mais tarde, em 25 de março, a giraffa Yvelise morreu com sete anos. A causa foi necrose no cólon causada pela torção de uma das alças intestinais. Ela não resistiu a uma cirurgia abdominal para corrigir o problema.
Em 30 de março, uma ádax veio a óbito durante o manejo, em uma área de manobra. À época, representantes do Zoo explicaram que o mamífero se prendeu em um dos portões, apresentando sinais de miopatia. Os veterinários tentaram reanimar o animal durante 16 horas, contudo, o bicho não resistiu.
Após os falecimentos, a Confederação Brasileira de Proteção Animal pediu o fechamento temporário do zoológico, com auxílio da petição pública. Contudo, em audiência de conciliação na Vara do Meio Ambiente de Brasília, o representante do Ministério Público não acatou o pedido.