Jéssica Eufrásio
postado em 19/11/2018 06:00
Entre junho e setembro, o Correio, em parceria com o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), publicou uma série de cadernos especiais intitulada Brasília Patrimônio Vivo: os protagonistas da história da capital. Durante 16 semanas, jornalistas contaram histórias de pessoas que fizeram e fazem da capital federal um lugar de renovação constante. Os protagonistas das matérias do projeto incluíram desde arquitetos e professores a cineastas, artistas e designers. São pessoas que desenvolveram um olhar único sobre Brasília e que ainda atuam com o intuito de manter o patrimônio cultural da humanidade vivo, tal como o nome da série destaca.
Para comemorar o encerramento desse projeto editorial e promover a divulgação dos trabalhos de mais artistas e empreendedores da cidade, o CCBB receberá o Festival Brasília Patrimônio Vivo no próximo fim de semana. A programação será gratuita e contará com atividades para toda a família. O evento ocorre no sábado e no domingo, das 9h às 21h, e terá oficinas, apresentações de dança, palestras, aulas de ioga, atrações para as crianças, além de oficinas.
Uma delas é a de jardim orgânico, na qual será possível aprender técnicas de cultivo de ervas medicinais, flores e minihortas em vasos. Os participantes receberão os materiais e descobrirão formas de associar as plantas à genética. ;Cada um plantará com base no próprio tipo sanguíneo;, conta a paisagista responsável pela oficina, Cláudia Dorneles Mukti. Ela acrescenta que apresentará exemplos de flores comestíveis com base no organismo de cada pessoa. ;Falarei da parte terapêutica de cada erva e pontuarei quais são as flores comestíveis ideais para determinado tipo sanguíneo. Na Europa, isso é muito usado para curar pessoas em hospitais, asilos. E, para quem mora em apartamento, é ideal ter uma hortinha de acordo com o próprio organismo;, recomenda Cláudia.
Design
A programação dos dois dias contará com uma feira de design promovida pela loja de produtos autorais Natural de Brasília. Os visitantes do museu poderão apreciar o trabalho de cerca de 20 expositores do segmento da economia criativa, que colocarão à venda itens como joias artesanais, acessórios de moda, além de comidas orgânicas. Para a curadora e diretora criativa da Natural de Brasília, Patricia Herzog, o evento vai ao encontro da proposta de manter a cidade viva. ;Além de patrimônio, Brasília conquistou o título de cidade criativa do design pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). A capital é modernista, icônica e o design é uma das coisas que mais comunica a nossa identidade;, ressalta.
No segundo dia, o evento ainda terá atividades realizadas por professores do método Supera, que desenvolvem trabalhos com foco na melhora do raciocínio lógico, da concentração, da capacidade de resolver problemas e cálculos e no aperfeiçoamento da memória. ;Teremos quebra-cabeças como o Tangram, cujas sete peças permitem a montagem de mais de 2,5 mil figuras, ensinaremos como funciona o ábaco, além de outras ferramentas. Todos os jogos que levaremos são para as áreas cognitivas;, conta Sheila Voos, diretora comercial da unidade do Jardim Botânico. A oficina é indicada para pessoas a partir dos 6 anos.
Shows
Para completar as atrações do festival, haverá shows do cantor baiano Lucas Santtana, no sábado, e da mineira Roberta Campos, no domingo. A apresentação de Roberta incluirá repertório dos quatro álbuns da artista, como os sucessos De Janeiro a Janeiro, Abrigo e Minha Felicidade, além de duas canções inéditas.
;Também farei algumas releituras de músicas de que gosto, da Marisa Monte e do Paul McCartney. As novas canções estão no meu DVD, que será lançado em janeiro. Uma delas começou a tocar nas rádios nesta semana;, conta a cantora. Este será o quinto show da mineira em Brasília.
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Memória
Um legado de gerações
A série Brasília Patrimônio Vivo: os protagonistas da história da capital começou a ser publicada em junho do ano passado, com um caderno especial sobre a arquitetura da cidade e os nomes por trás das grandes obras. As reportagens mostraram como Brasília surgiu a partir da concepção urbanística de Lucio Costa e cresceu ancorada pelo trabalho e pela criatividade de novos talentos. A cidade ostenta o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, concedido pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Cultura, Ciência e Educação).
As grandes marcas da cidade são os monumentos e palácios projetados por Oscar Niemeyer, os jardins de Burle Marx e a arte de Athos Bulcão. Ao longo de 16 semanas, a série revelou a obra e o legado de artistas, engenheiros educadores, músicos, designers, empreendedores, médicos e outros profissionais da velha e das novas gerações.