Em caso de desaparecimentos, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) orienta que, para acelerar o processo de busca, a ocorrência seja feita na delegacia mais próxima já no primeiro momento após a identificação do sumiço.
É importante que se forneça o máximo de informações do desaparecido, como por exemplo, o número do celular, e, caso seja possível, informar a Identificação Internacional de Equipamento Móvel (IMEI) do aparelho, além de foto atualizada.
Em seguida, as buscas são iniciadas em hospitais e Instituto Médico-Legal (IML), a fim de localizar se o desaparecido deu entrada nestes lugares inconscientes ou vítimas de acidente ou após falecimento.
Depois de iniciadas as buscas, um inquérito policial é aberto para que investigações identifiquem se houve crime. Em caso de suspeita de sequestro, a quebra de sigilo poderá ser solicitada bem como das comunicações telefônicas.
No DF, os motivos de desaparecimento de pessoas são variados e incluem: fugas de casa, que podem ser motivadas por brigas, uso de drogas e doenças que provocam esquecimento do endereço residencial.
Em 51,8% dos casos, os desaparecidos são encontrados em até três dias, e em 29,1%, em menos de 24 horas.
Estatísticas de 2017
O maior número de ocorrências de desaparecimento durante 2017 no DF foi entre:
Adultos (18 a 50 anos): 1.281
Adolescentes (12 a 17 anos): 1.073
Idosos (mais de 50 anos): 244
Crianças (com menos de 11 anos): 169
No caso de adultos, os desaparecimentos, em geral, são para uso de drogas, álcool ou por falta de aviso à família ao saírem para passar alguns dias na casa do namorado ou namorada.
Os adolescentes fogem por conflitos familiares, violência doméstica e, também, para consumo de drogas.
Já o sumiço de idosos ocorre, principalmente, por falta de memória. Devido a doenças como o mal de Alzheimer, eles não conseguem voltar para casa. Esses casos são mais comuns do que se supõe. Como prevenção, a polícia orienta manter sempre um papel dentro do bolso com nome, endereço e telefone de um parente.
Desaparecimento de crianças e adolescentes
A investigação imediata em caso de desaparecimento de crianças ou adolescentes é uma garantia legal (Lei Federal n; 11.259, de 2005).
Nessas ocorrências, o sumiço é prontamente comunicado às Polícias Federal e Rodoviária Federal, às autoridades nos portos, aeroportos, rodoviária e empresas de transportes interestadual e internacional. A medida busca evitar o deslocamento para fora do DF e do país.
A família deve comunicar ainda outros órgãos, como Conselhos Tutelares, Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), que também podem ajudar nas buscas dos menores.
Para comunicar o desaparecimento de pessoas ligue 197
Das 2.767 pessoas desaparecidas no ano passado, 2.588 foram localizadas entre janeiro de 2017 e março de 2018, ou seja, 93,5% do total. Ceilândia, Samambaia e Taguatinga são as regiões que mais registraram desaparecimentos.
A Secretaria da Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) disponibilizará os números de 2018 após o encerramento do ano.
Com informações da Agência Brasília