Essa é terceira edição do projeto, que começou em 2016, em alusão ao Dia Mundial da Prematuridade, celebrado em 17 de novembro. A terapeuta ocupacional Hellen Delchova Rabelo trabalha na Unidade Neonatal do HRC há 2 anos. ;É uma atitude muito significativa e humanizada. Além de aproveitar a oportunidade para usufruir o tempo dessas mães que estão aqui acompanhando os bebês;, explicou.
O tema deste ano é ;circo; e Rabello foi a responsável por desenhar e fazer os moldes das fantasias, após as mães escolherem os personagens para os bebês representarem. Dentre as opções, mágico, palhaço, coelhinho e bailarina. As roupas foram confeccionadas com EVA e cola quente e foram higienizadas com álcool depois de prontas.
Fotos e fantasias com amor
A dona de casa Simone Barbosa Rodrigues Costa, 19 anos, é mãe de Eloá Vitória, de apenas cinco dias. A bebê nasceu prematura, no último sábado (27/10), quando a mãe começou a perder sangue e precisou fazer o parto emergencial, na 29; semana de gestão, o que equivale a cerca de 6 meses.A fantasia escolhida por Simone foi a de ;palhacinha rosa com azul;, como a própria matriarca definiu. Para ela, o ensaio foi especial. ;Ver minha filha lá tirando umas fotinhas, fiquei emocionada. Foi muito fofo e ela estava muito bonitinha;, contou.
Outra mãe que participou da oficina foi a comerciante Kátia Conseudra da Silva, 32 anos. Moradora de Vicente Pires, ela fica 24 horas por dia no HRC, depois que o filho Emanuel nasceu prematuro, também na 29; semana de gravidez. O bebê está internado há um mês e seis dias, depois de sofrer uma infecção urinária logo após o parto. ;A oficina foi boa, porque a gente fica tensa e preocupada com filho, mas ela conseguiu tirar o foco. A gente fica mais aliviada,; afirmou. O personagem escolhido para Emanuel participar do ensaio fotográfico foi ;o coelho saindo da cartola;. ;Para mim, as fotos foram emocionantes. A gente fica preocupada sempre fica do mesmo jeito, por isso foi um momento descontraído.;
Cliques carinhosos
O fotógrafo de eventos Daniel Lima Santiago Martins, 37 anos, trabalha na área há quatro anos. Ao conhecer o projeto e ser convidado para participar, o fotógrafo se sentiu entusiasmado. ;A gente realiza outros trabalhos, mas esse em especial, tinha algo a mais por se tratar de bebês que estão lutando para viver. Além disso, é uma forma de levar alegria para os pais naquele momento sofrido que eles estão passando,; afirmou. Ele ainda ressalta a motivação para o trabalho. ;É um sentimento de muita emoção. É difícil até segurar o choro, porque você sente o amor dos pais.;
Marcos Bontempo dos Santos, 40 anos, também é fotógrafo voluntário no projeto desde o início. Ele é especialista em ensaio de gestantes. Para ele, a experiência é enriquecedora e faltam palavras para definir o momento. ;É difícil a gente explicar né, porque os bebês estão ali debilitados e a gente dá uma esperança uma recordação. A gente se emociona muito e as mães ficam muito felizes.;
*Sob supervisão de Anderson Costolli