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Governador eleito do DF, Ibaneis construiu carreira de sucesso na advocacia

Filho de piauienses, Ibaneis Rocha (MDB) nasceu em Brasília e é dono de escritório de advocacia com mais de 40 advogados e uma carteira de 80 mil clientes em todo o Brasil


O governador eleito do DF, Ibaneis Rocha (MDB), nasceu no Hospital de Base de Brasília, em julho de 1971, e passou a infância no interior do Piauí. Antes de se formar advogado, foi feirante, empacotador e comerciante. A escolha da profissão contrariou a vontade dos pais, que sonhavam ver o primogênito médico.
Determinação e foco são os substantivos mais frequentemente associados ao advogado, entre amigos, sócios e familiares. Quem convive com o emedebista revela ainda que ele é bom de garfo e de panela ; suas especialidades vão de pratos requintados à tradicional cozinha nordestina. Ibaneis traz os produtos de sua fazenda, no Piauí, ou vai pessoalmente à feira selecioná-los.

Aos fins de semana, pedala 50km e gosta de reunir os amigos em volta da mesa. Pai de Caio, 20 anos, e João Pedro, 13, ambos do casamento com a contadora Luzineide de Carvalho, Ibaneis está agora à espera de Mateus, fruto da união com a advogada Mayara Noronha. O bebê nasce em dezembro.
O governador eleito foi o primogênito de três crianças e herdou o nome do pai, piauiense. Ele nasceu em Brasília mas, aos 8 anos, vou à cidade natal dos pais, o município de Corrente. O pai atuou, na Universidade Federal do Piauí, em um projeto de desenvolvimento da soja na região e tinha uma farmácia e era um comerciante conhecido na região. A mãe, Maria Mercedes, auxiliar de enfermagem, acompanhava a rotina dos três filhos.
Oito anos depois da mudança da família para Corrente, Ibaneis resolveu voltar sozinho a Brasília. Aos 16 anos, foi morar com uma tia que, assim como sua mãe, pressionava para que o rapaz se tornasse médico. Ele fez vestibular na Universidade de Brasília (UnB) e chegou perto de uma vaga no curso. Sem contar à família, participou da seleção de direito no UniCeub e passou em segundo lugar. Fez estágio em instituições como o Banco do Brasil e a Embrapa e teve até uma farmácia.

Atuação como advogado

Em 1993, já formado, montou o primeiro escritório, com atuação na área trabalhista. O recém-formado atuou nas primeiras ações contra o Plano Real, para garantir a recomposição da URV. Mas o grande acontecimento de sua vida profissional foi uma ação ajuizada por uma associação de servidores do Ministério Público do Trabalho, relacionada a questões de seguridade social.
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Ibaneis venceu a causa e, de quebra, ganhou centenas de novos clientes, principalmente do Judiciário. Hoje, o escritório de Ibaneis, instalado em um luxuoso prédio no Setor de Administração Federal Sul, tem mais de 40 advogados e uma carteira de 80 mil clientes em todo o Brasil.
Em 2003, a convite de um amigo, foi trabalhar na campanha da advogada Estefânia Viveiros para a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A profissional não estava entre os favoritos, mas ganhou a disputa interna da categoria. Ibaneis ficou com a presidência da Comissão de Defesa de Prerrogativas dos Advogados e, no cargo, estreitou o contato com os colegas de profissão. Ele se orgulha de ter obtido, no Supremo Tribunal Federal, a primeira liminar que permitiu um advogado fazer questionamentos em uma CPI.

Já bastante conhecido entre os advogados, resolveu concorrer à presidência da Ordem em 2009. Perdeu a primeira eleição para o advogado Francisco Caputo por 400 votos, mas levou na disputa seguinte, com uma vantagem de mais de 2,4 mil votos.
Em 2015, emplacou o sucessor, o advogado Juliano Costa Couto, atual presidente da entidade. No fim de novembro, os advogados vão às urnas novamente e o candidato apoiado por Ibaneis, Jacques Veloso, é um dos favoritos para presidir a Ordem.
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