O Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE/DF) sorteou na manhã deste sábado (27/10) as urnas eletrônicas que serão usadas na auditoria da votação eletrônica durante o segundo turno das eleições, que acontecem no domingo (28/10). O procedimento acontece desde 2002 e tem como objetivo comprovar a integridade e a confiabilidade das urnas eletrônicas.
Seis urnas de diferentes zonas e seções eleitorais do DF foram escolhidas. Três delas serão conduzidas à sede do TRE/DF para serem auditadas na chamada votação em ambiente controlado. Cerca de 50 pessoas, entre juízes e fiscais do órgão, e representantes de entidades como a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Tribunal de Contas da União (TCU), o Ministério Público e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) participarão da cerimônia.
[SAIBAMAIS]A votação em ambiente controlado funciona paralelamente à votação oficial. A partir das 7h de amanhã, as três urnas emitirão o relatório chamado ;zerésima;, documento que traz toda a identificação da urna e comprova que nela estão registrados todos os candidatos e que nenhum deles computa voto, ou seja, a urna tem zero voto.
Após isso, das 8h às 17h, as urnas escolhidas serão alimentadas com votos para governador e presidente registrados em 1.016 cédulas de papel, preenchidas no início da semana por estudantes Centro de Ensino Fundamental 04 de Brasília e pelos partidos políticos que concorrem aos cargos deste segundo turno. O procedimento é realizado em ambiente filmado e fiscalizado e pode ser acompanhado pelo público.
;O intuito é verificar se a alimentação dessas urnas coincide com o resultado que elas irão apresentar às 17h. Ou seja, queremos comprovar que o voto digitado pelo eleitor na urna eletrônica corresponde ao que foi escrito na cédula de papel. No fim do dia, imprimimos o boletim final de urna e fazemos a comparação com o que está registrado em papel, para ver se os números são os mesmos;, explicou o juiz presidente da Comissão de Auditoria do Funcionamento das Urnas Eletrônicas do TRE-DF, Eduardo Rosas.
Os votos da votação em ambiente controlado não serão contabilizados para a eleição real. ;Mesmo assim, eles são imprescindíveis para que nós possamos confrontar o sistema eletrônico com o manual. No fim da auditoria, o resultado tem que bater. Isso mostra que a urna eletrônica está contabilizando corretamente;, apontou o secretário de tecnologia do TRE/DF, Ricardo Negrão.
Auditorias nas seções eleitorais
As outras três urnas escolhidas no sorteio serão examinadas nas suas próprias seções eleitorais e de maneira distinta da votação em ambiente controlado. No domingo, antes das 7h, elas serão auditadas com o intuito de verificar se as assinaturas digitais dos sistemas instalados em cada uma conferem com as assinaturas digitais dos sistemas lacrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no início de setembro. Caso haja divergência, o equipamento é substituído.
O processo é novidade nas eleições deste ano e chama-se auditoria de integridade dos sistemas. ;As urnas eletrônicas são usadas há 22 anos, e nunca houve casos de fraude. Mesmo assim, a Justiça Eleitoral preocupa-se em auditá-las permanentemente. A intenção é mostrar que a eleição brasileira é decidida pelo povo. As urnas são meros mecanismos para o eleitor demonstrar a sua vontade;, ressaltou Eduardo Rosas.
Confira as seções sorteadas para auditoria no segundo turno
a) Auditoria em ambiente controlado
1. Seção 304 - 15; Zona Eleitoral - 318 eleitores aptos (CILT - Taguatinga)
2. Seção 921 - 8; Zona Eleitoral - 215 eleitores aptos (Escola Classe 03 - Ceilândia)
3. Seção 74 - 14; Zona Eleitoral - 372 eleitores aptos (Escola Classe 316 Norte)
b) Auditoria de integridade dos sistemas
1. Seção 357 - 2; Zona Eleitoral - 391 eleitores aptos (CEF 02 - Paranoá)
2. Seção 198 - 20; Zona Eleitoral - 385 eleitores aptos (Escola Classe 52)
3. Seção 49 - 11; Zona Eleitoral - 292 eleitores aptos (Centro Educacional 02 - Cruzeiro Novo)