Isa Stacciarini
postado em 26/10/2018 06:00
Os brasilienses voltam às urnas no domingo para escolher o governador e o presidente que ficarão no poder pelos próximos quatro anos. Concorrem ao primeiro cargo Ibaneis Rocha (MDB) e Rodrigo Rollemberg (PSB). Para o Planalto, os eleitores terão de decidir entre Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL). Mas, antes de escolher os candidatos, os eleitores precisam ficar atentos às regras eleitorais.
Assim como no primeiro turno, não haverá proibição de venda e consumo de bebida alcoólica no dia da votação. No entanto, é vetado ao eleitor fazer qualquer manifestação em grupo e que não seja silenciosa. O uso de camisetas é permitido, mas desde que não sejam blusas confeccionadas pelos candidatos e distribuídas em lotes para eleitores. Também estão liberados usos de broches, adesivos e bandeiras, desde que sem o mastro.
Na cabine, o cidadão não pode levar o celular ou qualquer outro equipamento eletrônico. Em cada seção eleitoral haverá quatro mesários e um agente de informação, que prestará serviço de apoio, caso haja alguma dúvida. Os mesários serão os responsáveis por registrar a participação do eleitor no pleito. O cidadão deverá entregar um documento oficial com foto a eles para a continuidade do processo. O aplicativo e-Título, disponível para sistemas iOS e Android, também vale como documento de identificação.
O local de votação é o mesmo do primeiro turno. Quem não votou em 7 de outubro, por algum motivo, pode exercer o seu direito a voto dessa vez, porque são dois momentos distintos. No Distrito Federal, 389 mil não compareceram no primeiro domingo do mês, de um total de 2.084 milhões de eleitores aptos a irem às urnas. O número de faltosos equivale a 18,66%.
Especialista em tecnologia, Wellyngthon do Nascimento Lopes, 31 anos, é uma dessas pessoas. Ele precisou viajar às vésperas de 7 de outubro. ;Quando marquei a ida para São Paulo, não me atentei às datas e acabei perdendo a primeira votação, porque voltei na segunda-feira, mas, dessa vez, quero participar desse momento;, ressaltou.
Para quem faltar domingo, o prazo para justificativa vai até 27 de dezembro. Quem deixou de ir às urnas em 7 de outubro tem até 6 de dezembro para prestar contas à Justiça Eleitoral. O eleitor que deixar de cumprir essa tarefa terá de pagar multa para regularizar a situação. Enquanto estiver em débito, ele não pode, por exemplo, tirar ou renovar passaporte, receber salário de emprego público, prestar concurso ou renovar matrícula em estabelecimento de ensino.
Confusos
No próximo domingo, na cabine de votação, primeiro o eleitor vai escolher o candidato a governador e, depois, o presidente. Quem quiser, pode levar a colinha em papel com os números dos representantes políticos. A expectativa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) é de que o tempo de votação seja menor do que no primeiro turno e a chance de erro minimizada.
Assessor de comunicação do TRE-DF, Fernando Velloso ressaltou que, no DF, 18 mil pessoas se precipitaram na hora de votar para governador e, em vez de digitar o número de um dos candidatos ao GDF, escolhiam os dígitos que correspondiam aos concorrentes da Presidência. ;Isso fez com que gerassem muitas notícias falsas de que determinado candidato não aparecia na urna. Agora, a intenção é de que esse erro aconteça em menor quantidade, porque são só duas escolhas;, destacou.
A disseminação de notícias falsas fez com que nas três últimas semanas o TRE-DF investisse em esclarecimentos para a população. ;O primeiro turno transcorreu tranquilamente e esperamos que, dessa vez, aconteça o mesmo. O que atrapalhou de alguma forma foi a quantidade de informações incorretas que tem por objetivo apenas criar insegurança e desconfiança do eleitor e não ajuda na democracia nem no andamento do pleito;, ressaltou Fernando.
No DF há 608 locais de votação. No primeiro turno, houve a montagem de 6,7 mil urnas e um efetivo de 31 mil mesários convocados para atuarem no dia, além de servidores da justiça eleitoral e todo o aparato policial. Segundo o TRE-DF, 100% do eleitorado fez a biometria.
Caso haja dificuldade para coleta da digital do dedo, o cidadão é liberado para a cabine de votação após assinatura do livro. ;A preparação é para que cada um possa exercer o direito democrático de escolher o candidato que melhor o represente;, ressaltou Fernando Velloso.