Segundo o delegado-chefe da DP, Fernando Fernandes, responsável pelo caso, a suspeita apagou a conversa de WhatsApp dela com o homem de SP, logo após a chegada dos policiais. "O celular dela e o computador estão passando por perícia para a recuperação dos materiais excluídos dos dois aparelhos", afirma.
O homem já foi identificado e não teria passagem pela polícia. Contudo, as investigações acerca da relação da mulher com o suspeito, que seria namorado dela, ainda são preliminares.
"Além da relação, tentamos elucidar se ela publicou os vídeos dos abusos cometidos com netos em algum site de pedofilia. Mas, com todas as provas coletadas até o momento, tudo levanta a suspeita dessa rede de compartilhamento de pornografia infantil", afirma Fernando Fernandes.
Prisão
A mulher foi presa na sexta-feira (19/10), após a filha mais velha dela desconfiar dos abusos sexuais cometidos contra os próprios filhos e decidir olhar o celular da mãe, onde havia o conteúdo pornográfico. As vítimas são quatro crianças: um menino de 6 anos e três meninas de 4, 2 e 1 ano. A prisão ocorreu no Recanto das Emas, mas os estupros ocorriam em Ceilândia Norte, quando a acusada ia para a casa da filha cuidar dos netos para ela trabalhar.
O delegado Fernando Fernandes afirma que, há cerca de dois meses, a mulher estava abusando das vítimas. A mãe das crianças percebeu mudanças nos filhos mais velhos, que apresentavam comportamento sexualizado inapropriado para a idade.
"Quando ela perguntou ao menino onde havia aprendido aquelas coisas, ele disse que a avó o tinha ensinado e fazia nele", afirma.
Ela chegou a concretizar a conjução carnal com o neto de 6 anos. Com as meninas, passava a mão pelas partes íntimas delas.
A avó gravava vídeos dos estupros, encontrados pelos agentes no celular dela. O aparelho e o computador dela estão na perícia da Polícia Civil, para o aprofundamento das investigações acerca da rede de pedofilia.