O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) emitiu, nesta quinta-feira (18/10), a ordem para que os peritos realizem os exames psiquiátricos que vão avaliar a sanidade mental de Gabriel Lima Braga, 23 anos, acusado de matar o pai e a mãe a facadas, em Vicente Pires. O prazo para que as avaliações sejam feitas é de 45 dias.
Até que os resultados dos exames saiam, o processo contra Gabriel está suspenso. No entanto, ele continuará preso na Ala Psiquiátrica da Papuda. A decisão de submeter o jovem à avaliação é do dia 8 de outubro.
Nela, o juiz Gilmar Rodrigues da Silva considerou o registro dos policiais que entrevistaram o denunciado no dia do crime para justifica a necessidade dos laudos de sanidade mental. Segundo os autos, o denunciado "não falava nada com clareza, e pronunciava palavras inaudíveis", razão pela qual não foi possível interrogá-lo no dia da prisão.
O pedido partiu da defesa da vítima e o magistrado considerou que era necessário verificar "se o acusado possuía à época do fato eventual comprometimento da sua capacidade de entendimento e auto-determinação, condição específica para aferir sua imputabilidade penal e demais desdobramentos da ação penal".
Relembre o crime
Gabriel esfaqueou primeiro o pai, que morreu no local e golpeou a mãe no rosto, pescoço, braço e na barriga. Josenita contou que o filho dizia que os amava mas que "tinha de fazer aquilo". Foi a mulher quem acionou a polícia.
Quando a PMDF chegou ao local, o casal estava no chão, a casa, cheia de sangue e o jovem, no quarto. "Ele (Gabriel) tentou ir para cima. Falava que era o demônio, que estava com o capeta no corpo", relatou um dos policiais que atendeu ao chamado. A prisão em flagrante de Gabriel foi convertida em preventiva um dia após o crime. Desde então, ele segue preso.