Cidades

Polícia Ambiental monta 14 armadilhas para capturar cobra em Águas Claras

Polícia Ambiental espera que ela saia do esconderijo para regular a temperatura corporal. Cobra desaparecida há mais de 10 dias em prédio de Águas Claras não é venenosa

Mariana Machado
postado em 15/10/2018 09:48
Segundo a Polícia Ambiental, o animal criado em cativeiro não tem muita força, então as chances de matar um morador são nulas
O Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) continua as buscas pela jiboia arco-íris de 1,3 metros perdida há mais de 10 dias em um prédio de Águas Claras. Segundo o major Souza Júnior, a expectativa é a de que, com o tempo mais frio, a serpente saia do esconderijo e caia em uma das 14 armadilhas montadas entre o 15; e o 25; andar, onde suspeita-se de que ela esteja. "É um animal pecilotérmico, que precisa regular a própria temperatura, então deve ir para um local mais quentinho ou sair de onde está", explicou o major.
As buscas começaram na quinta-feira (11/10), quando uma moradora do 23; andar viu o animal. A partir dali as armadilhas começaram a ser montadas. No domingo (14/10), em uma operação especial a Polícia Ambiental montou 14 pontos de captura, mas a cobra ainda não foi encontrada. "Nós estudamos toda a estrutura elétrica e hídrica e a suspeita é a de que ela se locomova pelos canos. O prédio está sendo monitorado 24 horas por dia", garantiu o major Souza Júnior.
O animal não é venenoso e só ataca, apertando as vítimas, se intimidado. "Ela foi criada em cativeiro, então não é muito forte. As chances de matar um cachorro ou um gato são mínimas e para uma criança ou morador, nulas", avalia. Para as armadilhas, estão sendo usados pequenos ratos, vivos e mortos, como iscas.
O dono da jiboia não tinha autorização para criá-la e por isso assinou uma ocorrência policial que foi levada ao Ministério Público. Pela lei, pode ficar preso de três meses a um ano e pagar multa que varia de R$ 500 a R$ 5 mil. Após ser capturada, a serpente será encaminhada para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS). "A ideia é preservar tanto a tranquilidade pública como o bem-estar do animal", declarou o major do BPMA.

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