O caso ocorreu em 7 de setembro. No local, a menina teria sido drogada e, posteriormente, estuprada. Exames do Instituto Médico Legal (IML) de Luziânia comprovaram os abusos. A Delegacia do Novo Gama investiga o caso e procura os acusados, que estão foragidos.
A vítima relata que foi para a casa da amiga para fazer um trabalho. No entanto, os planos mudaram quando chegou ao local. "Estávamos na casa dela quando o namorado ligou. Não tínhamos feito o trabalho ainda. Aí, ele comprou bebida e comida, depois, nos levou para a casa dele", relembra.
Na residência, bebeu dois copos de energético. Entretanto, as bebidas estavam "batizadas", pois ela começou a sentir dores no estômago e tontura. Sentou-se no chão do banheiro com a colega, momento em que o tio da garota, de 58 anos, chegou.
Ele teria questionado se a vítima seria a menina de quem a sobrinha havia falado, e ela disse que sim. Neste momento, ele pegou a menina pela mão, a colocou no carro e seguiu para a BR-290, parando em um motel às margens da rodovia. No estabelecimento, estuprou a vítima duas vezes.
Ao terminar os abusos sexuais, o homem de 52 anos deu R$ 50 à menina e prometeu um celular. Depois, a deixou na casa do suspeito de 32 anos. Ele teria estuprado a vítima no quarto dele, após a namorada consentir o ato.
Depois da série de estupros, a garota foi deixada na porta de casa, também no Novo Gama. "Eu sentia muita dor no corpo, sentia nojo de mim. Tinha medo de falar para alguém ou para a minha mãe o que tinha acontecido", disse.
Um dia depois do caso, ela decidiu contar a história para uma tia. A familiar ligou para a mãe da vítima e foram todas para a delegacia registrar a ocorrência. Posteriormente, seguiram para o IML.
"Lá me disseram que minha filha ainda era virgem quando sofreu todos os abusos, que estava tudo comprovado. Mesmo se ela quisesse, isso já seria estupro. Que dirá tudo isso o que fizeram com a minha filha?", disse a mãe, indignada.
Segundo o delegado Felipe Guerriere, um dos homens já foi indiciado e o inquérito relacionado ao segundo está perto do fim. "Ambos responderão por estupro de vulnerável, mas eles estão foragidos. O que avançamos na investigação é que, possivelmente, eles deram rohypnol para a menina, para que ela ficasse fora de si, por assim dizer", garante.
A reportagem foi realizada pela TV Brasília, parceira do Correio Braziliense. Assita à reportagem:
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