Um rapaz de 18 anos foi preso em flagrante, no começo da tarde da última terça-feira (2/10), com 250 microsselos de uma nova droga, ainda não identificada pela polícia. Durante investigação, os policiais da Coordenação de Repressão às Drogas (CORD) identificaram o jovem com atitudes suspeitas no Conic. Após a abordagem, encontraram os entorpecentes.
De acordo com o delegado da CORD, Luiz Henrique Sampaio, inicialmente, pensava-se que a droga fosse LSD. O rapaz pegou as substâncias com um fornecedor e iria revender por R$ 1,6 mil. ;Os peritos estão analisando e já sabemos que se trata de um novo entorpecente. Temos uma suspeita de qual é a droga, mas os efeitos ainda são desconhecidos;, afirmou. O nome da droga só será divulgado após a conclusão do laudo feito pelo Instituto de Criminalística (IC).
O delegado disse, ainda, que a droga está sendo comercializada como LSD e ainda não foi inserida na relação de entorpecentes proibidos pelo Ministério da Saúde. ;Eles usam dessa artimanha achando que, quando pegos, não serão enquadrados por tráfico de drogas;, explicou Luiz Henrique Sampaio. A suspeita é de que a substância estela sendo trazida para o Brasil da Europa e há indícios de que ela seja comercializada na Holanda. Como são fáceis de transportar, os selos são trazidos de avião.
O traficante, K.U.Q., é réu primário e confessou o crime. ;Ele disse que já tinha feito outras entregas e que iria receber menos de R$ 100 reais por essa venda. As negociações aconteciam por Whatsapp e Facebook;, acrescentou Luiz Henrique Sampaio. Em audiência de custódia, a justiça determinou que ele deve permanecer preso preventivamente. As investigações agora se concentram em capturar o suspeito, já identificado, de fornecer a droga para o rapaz.
Memória
Outra droga rara chamada de N-etilpentilona foi a responsável pela morte da universitária Ana Carolina Lessa, 19 anos, em 25 de junho deste ano. De acordo com os investigadores, a jovem ingeriu o entorpecente junto com uma bebida alcoólica, durante uma festa rave. Os efeitos foram intensos e horas depois de ela ter várias alucinações, o coração ficou sobrecarregado e Ana não resistiu a duas paradas cardiorrespiratórias.
Além da jovem, o entorpecente foi o responsável por mais uma morte. Em dezembro de 2017, Carlos Henrique Santana Oliveira, 32, também passou mal ao fazer uso da substância em uma rave. Desta vez, o caso ocorreu no Rio Grande do Norte. Além de provocar efeitos como pupila dilatada, olhos arregalados, paranoias e alucinações, a N-etilpentilona interfere nos batimentos do coração e a sobrecarga pode ser fatal.