Sarah Peres - Especial para o Correio
postado em 26/09/2018 17:35
Um flanelinha de 27 anos foi preso em flagrante por extorsão nesta quarta-feira (26/9). O homem é acusado de ameaçar uma funcionária do Hospital Santa Luzia e forçá-la a pagar para que ela pudesse estacionar o carro em vaga de estacionamento. A vítima registrou boletim de ocorrência na 1; Delegacia de Polícia (Asa Sul), onde o caso foi investigado. Se condenado, suspeito pode pegar até 10 anos de prisão.
De acordo com informações da Polícia Civil, o suspeito, identificado apenas como M.R.D.A, começou a ameaçar a vítima há três semanas. Ele cobrava R$ 30 de mensalidade em dinheiro para que a mulher estacionasse o carro nas vagas. Como ela se negou a pagar, sofreu ameaças e teve os pneus do veículo furados quatro vezes.
O acusado trabalha há oito anos como vigia de carros no estacionamento próximo ao hospital. Ele teria sumido durante um período e retornado três semanas atrás, quando iniciou as ameaças, como explica o delegado da 1; DP Paulo Fecury.
"Em uma das oportunidades, ele disse à vítima que, se ela não pagasse, alguma coisa aconteceria. Por isso, a mulher disse que sua vida pode estar sendo ameaçada. O episódio ocorreu nesta quarta-feira, minutos antes de uma agente da delegacia entrar em contato com ela", esclarece.
A mulher chegou a gravar um vídeo (veja abaixo) pedindo que o homem a deixasse em paz e que ele não precisava olhar o carro dela. "É meu direito querer te dar dinheiro ou não, você não pode me obrigar", diz a vítima, em um momento da gravação.
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Na delegacia, a funcionária disse que outras colegas teriam relatado que o acusado as teria ameaçado também. Entretanto, com medo, decidiram pagá-lo. Para Fecury, a prisão do suspeito pode fazer com que outras vítimas procurem a delegacia para denunciá-lo.
"É importante o boletim para investigarmos esses casos, pois podemos estar diante de um esquema que envolve outras pessoas. Com este registro, chegamos a uma denúncia na ouvidoria do GDF de que outros flanelinhas estão cobrando depessoas que estacionam em vagas do Setor Hospitalar. Por isso, continuaremos com as investigações, mas precisamos de auxílio das pessoas", finaliza o delegado.