Jornal Correio Braziliense

Cidades

30 mil fiéis participam da 22ª edição do Hallel no Parque da Cidade

O evento aconteceu neste sábado e domingo no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade


Neste fim de semana, os fiéis brasilienses receberam a 22; edição do Hallel Som e Vida 2018. O evento ; que ocorre em diversas cidades do Brasil ; já é tradicional na cidade, mas essa foi a primeira vez que ele ocorreu durante dois dias. Trinta mil fiéis passaram pelo Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade no sábado e o no domingo para participar de missas e prestigiar os shows, foram mais de 20 atrações convidadas.

O objetivo do Hallel é evangelizar, de forma inovadora, por meio da música. É considerado um dos maiores de música católica na América Latina. Conhecida pelo fiéis como Tia Lolita, a criadora do Hallel, Maria Theodora Leonor Silveira, 85 anos, veio de Franca (SP) para acompanhar mais uma edição do evento na capital federal. Ela reconhece que o Hallel influenciou o mercado da música gospel no país. ;Quando eu tive a ideia não existiam tantas bandas, o Hallel com certeza incentivou novas bandas;, defende.
Tia Lolita se lembra perfeitamente do dia em que idealizou o evento. Foi em 16 de janeiro de 1988. Ela estava em casa com dois jovens músicos buscando uma maneira de comemorar os 10 anos da renovação carismática católica. ;Eu fechei os olhos e visualizei vários jovens cantando e dançando música católica ao ar livre;, explica Maria Theodora. A visionária relembra que aos 17 anos quis ser freira, porém seus pais não aprovaram a ideia. Hoje, ela acredita que foi para o melhor e que ser missionária é a sua verdadeira vocação.

A criadora não consegue participar de todas as edições do Hallel que acontecem pelo país, essa foi a segunda vez que pode prestigiar o encontro em Brasília depois da primeira edição. Orgulhosa ela observa que a equipe conseguiu conquistar a comunidade e garante que retornará para Franca muito satisfeita. ;Volto para casa muito contente depois de ver o Hallel de Brasília.;
Débora Silva Sousa, 37 anos, foi ao Hallel neste domingo (23). Essa não é a primeira vez dela no evento, porém ela afirma que foi especial. Pela primeira vez ela foi com a missão de ensinar o evangelho. A babá normalmente vai acompanhada ao Hallel, dessa vez foi sozinha e achou que a experiência foi melhor e mais intensa. ;Eu aproveitei mais. Quando venho com amigos acabo me dispersando em algum momento, dessa vez não me distraí;, comenta.
Raimundo Nonato dos Santos, 60 anos, trabalha como encarregado de manutenção no colégio Marista e foi acompanhado da esposa para o segundo dia do evento católico. Ele chegou às 17h30 pois foi especialmente para assistir à Santa Missa, celebrada pelo Padre Robson, que veio de Trindade. ;É muito gostoso ser católico e participar de momentos como esse;, conclui. A mulher dele, Ana Elisa Gomes, 43 anos, se impressionou com o Hallel. Ela, que é devota de Nossa Senhora, nunca tinha ido ao Hallel. ;Foi tudo muito lindo, agora eu pretendo vir em todas as outras edições;, ressalta.
Apesar do público abaixo do esperado, a organização está feliz com o resultado. O único imprevisto foi a banda Missionário Shalom, que ia se apresentar às 15h30 deste domingo, entretanto teve o voo cancelado e não conseguiu chegar a Brasília. A banda de pop-rock católica é muito conhecida entre os fiéis e compõe as músicas oficiais da Jornada Mundial da Juventude na América Latina.
Danusa de Castro Fonseca é uma das organizadoras do Hallel de Brasília e enaltece que a divisão em dois dias foi uma novidade interessante. Assim todos tiveram a oportunidade de prestigiar o evento, seja no sábado ou no domingo. Ela confessa que ainda não tiveram tempo de pensar na edição do ano que vem, porém garante que gostariam de repetir a Santa Missa com o Padre Robson.