A linha de investigação é de que Aloísio pudesse ter algum transtorno mental e, em uma espécie de surto, se sentido perseguido. Exames toxicológicos indicarão se ele estava sob efeito de algum medicamento.
Segundo a delegada Mônica Ferreira, chefe da 9; Delegacia de Polícia (Lago Norte), a morte do assessor é um caso complexo. Entretanto, com depoimentos colhidos nos últimos dias, foi possível traçar um perfil de Aloísio.
"Pessoas próximas a ele nos relataram que ele tinha um comportamento de instabilidade emocional. Ele foi diagnosticado com bipolaridade e depressão, mas não sabemos dizer se ele estava ou não em tratamento psicológico", explica a delegada.
O carro de Aloísio foi encontrado na QL 7 do Lago Norte, pouco mais de 1km de onde ocorreu o , na QL 9. O veículo dele estava batido. Imagens de câmeras de segurança instaladas na rua mostram o momento em que o carro que ele conduzia bate em um muro:
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Despedida
O velório do assessor ocorre na tarde desta quinta (23), na Capela 2 do Cemitério Campo da Esperança na Asa Sul, e será cremado no Jardim Metropolino, às 17h. As cinzas serão levadas para a cidade natal dele, Araranguá (SC), e jogadas ao mar.
Fatalidade. Assim a família de Aloísio Bergamim definiu a tragédia ocorrida com o assessor parlamentar de 35 anos, que morreu por afogamento no Lago Paranoá. Cerca de 150 pessoas, entre familiares, amigos e colegas de trabalho estiveram na capela para dar o adeus. Aloísio trabalhava como assessor parlamentar do senador licenciado Ivo Cassol (PP-RO).
Sandro Bergamim, 49, irmão de Aloísio, disse que a tragédia aconteceu na madrugada de terça-feira, instantes depois que Aloísio retornou para casa, na QL 7, do Lago Norte. "Provavelmente o Aloísio entrou no lago para espairecer. Ele pode ter sofrido um choque térmico, por causa do frio. Antes disso, ele perdeu o controle do carro e bateu na casa ao lado, mas pegou os dois cachorros e foi para o lago, um lugar que ele estava muito acostumado porque andava muito nessa região", disse Sandro.
Consternado, Marcos Augusto Santi, 25, disse que Aloísio foi o seu primeiro amigo em Brasília, quando chegou à capital, há sete anos, vindo de Rondônia. "Foi a primeira pessoa que conheci em Brasília e se tornou um irmão. Tinha um super alto astral e trabalhava muito", desabafou.
Uma das grandes paixões de Aloísio eram os cães. Ele tinha dois cachorros, das raças golden retrevier e labrador. Os dois animais foram encontrados dentro do carro do rapaz no dia da tragédia. "Há pouco tempo ele me procurou porque queria fazer uma doação para um abrigo de animais. Como ele sabia que eu trabalhava como voluntária no Abrigo Flora e Fauna, ele queria muito ajudar com dinheiro para a compra de ração e medicamentos para os animais", revelou Yaly Pozza, 25, que conheceu Aloísio quando foi estagiária na representação do Estado de Rondônia.
Aloísio Bergamim nasceu no município de Araranguá (SC). Ele se formou em direito recentemente e estava se preparando para as provas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Era solteiro e não tinha filhos.