Trinta e sete crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social foram certificadas na última segunda-feira (20/8) pela conclusão do curso Jovem Árbitro - Futebol 7, em cerimônia na sede dos Diários Associados. De 16 de julho a 13 de agosto, o curso contou com aulas teóricas e práticas em campo, além de acompanhamento psicossocial, e mostrou um outro lado do esporte.
[SAIBAMAIS]As aulas foram ministradas por instrutores reconhecidos, nos Centros Olímpicos e Paralímpicos de Ceilândia, Estrutural e São Sebastião A iniciativa é uma realização da Fundação Assis Chateaubriand (FAC), com financiamento do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas (UNODC), por meio do Programa Global Declaração de Doha. E teve apoio da Secretaria de Esporte, Turismo e Lazer do Distrito Federal.
Participaram do evento instrutores e alunos do curso, familiares, representantes da FAC, UNODC, Federação de Futebol do, DF Unidades de Atendimento em Meio Aberto (UAMA) de Ceilândia e Guará. Cuidadora de idosos Lireci dos Santos, 33 anos, fez questão de prestigiar a conquista da filha, Vanessa Paulino, 15 anos, moradora de São Sebastião. Ela se disse orgulhosa e faz questão de apoiar a menina pelos caminhos da vida. Para Vanessa, o curso foi uma surpresa positiva e a fez olhar para o esporte de forma diferenciada, compreendendo a importância do papel do árbitro e do cumprimento das regras do jogo de fut 7 (também conhecido como futebol society). O colega Carlos Vinícius Pereira, 17, diz que o curso influenciou até em seu caráter: "Mudou meu jeito de ser, minhas atitudes junto a outras pessoas e ao mundo."
Quem também saiu entusiasmado em seguir adiante com arbitragem foi o atleta Pedro Henrique Lima, 16 anos, morador de Ceilândia. Inspirado pelo instrutor Tiago Miquéias, o jovem já se colocou à disposição para apitar partidas do Centro Olímpico e Paralímpico e até jogos oficiais no futuro. A turma da Estrutural também saiu animada do curso, como foi o caso de Fábio Lima, 14 anos.
Aprendizados significativos
Oficial de prevenção ao crime pelo UNODC, Nívio Nascimento acredita no potencial do esporte como ferramenta de prevenção. ;Nesse contexto, nada melhor do que colocar os jovens para interpretarem regras e situações que têm a ver com comportamento ético", ressalta Nívio.
Para Eduardo Gay, gerente de projetos da FAC, a oportunidade ainda traz para a garotada novas perspectivas de futuro. ;Esperamos que possam trilhar novos caminhos, buscando o curso profissional de arbitragem ou utilizando esses aprendizados para a vida como cidadãos mais conscientes, com senso de responsabilidade, justiça e respeito;, observa.
Nesse sentido, Marrubson Melo, vice-presidente da comissão de arbitragem da Federação de Futebol do DF e instrutor técnico e físico da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), destaca que o curso Jovem Árbitro tem um caráter educativo importante, que serve como porta para o mercado de trabalho. ;Além disso, é importante pela humanização da função de árbitro de futebol. Há a possibilidade de vivenciar o desporto não apenas como atleta, mas como outro ator inserido no meio. Você pode trabalhar no esporte que gosta não apenas como atleta, mas como árbitro, técnico, fisioterapeuta, médico, entre outras funções.;
Saiba mais sobre o curso Jovem Árbitro em www.facbrasil.org.br