Jornal Correio Braziliense

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Protesto no Riacho Fundo congestiona EPTG, Eixo Monumental, Epig e EPNB

Moradores do Riacho Fundo fecharam a EPNB para protestar contra a construção de uma estação elevatória na cidade. Com isso o trânsito foi desviado, provocando engarrafamento nas outras vias

Um protesto na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB), altura do Riacho Fundo 1, congestionou pelo menos quatro rodovias no Distrito Federal na manhã desta terça-feira (7/8): a Estrada Parque Indústiras Gráficas (Epig), a Estrada Parque Taguatinga (EPTG), o Eixo Monumental além da propria rodovia onde ocorreu a manifestação. Os condutores ainda enfrentam trânsito intenso nessas pistas.

Segundo a Polícia Militar, que atuou no local, o fluxo de veículos foi desviado para o Riacho Fundo, refletindo nas outras pistas. Os miltiares informaram que cerca de 50 pessoas bloquearam totalmente a via com pneus, em protesto contra a construção de uma estação elevatória de esgoto na cidade. A corporação acrescentou que o local começou a ser liberado por volta das 10h.

Manifestação

Os manifestantes acusam a Companhia de Saneamento Ambiental do DF (Caesb) de irregularidades na obra da elevatória, além de causarem danos aos recursos hídricos da cidade. Segundo Fernando Lopes, 26 anos, morador do Riacho Fundo 1, o grupo possui a documentação provando a ilegalidade da construção. ;A obra foi transferida para o Riacho de última hora e o local não é apropriado. Além disso, eles não possuem alvará para a construção. Tentamos negociar com o governador de Brasília, a comunidade se reuniu ontem e ele não apareceu. Por isso, achamos por bem fechar a via;, aponta. Ferando afirmou, ainda, que o grupo pretende fechar a EPNB, sentido Taguatinga, novamente às 17h desta terça-feira (7/8), caso não recebam um posicionamento das autoridades.

Já a Caesb esclarece que a obra não é uma estação de tratamento de esgoto e sim uma elevatória de esgoto, que está sendo construída com autorização do Ibram, e prevê a colocação de redutores de ruído e desodorizadores para evitar propagação de mau cheiro. A companhia alega que é uma construção de fundamental importância para o meio ambiente e para a saúde pública, que beneficiará cerca de 40 mil habitantes do Park Way, IAPI, Bernardo Sayão e, futuramente, Arniqueiras.

Sobre as alegações da comunidade, a Caesb disse que o grupo entrou com a ação popular e está aguardando manifestação da Justiça.

Em nota, o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) informou que equipes do órgão foram ao local para concluir a vistoria solicitada pela comunidade e confirmaram que não há irregularidades nas obras. ;O local não é uma área de proteção permanente, não houve supressão vegetal ou outras formas de degradação ambiental, nem sequer há mau cheiro que possa afetar moradores;, apontou o texto. O Ibram acrescentou que para a obra da elevatória não há necessidade de processo de licenciamento. Apenas de uma autorização, que já foi dada.

Aguarde mais informações.