Sete meses após o fechamento do Lixão da Estrutural, a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa) publica norma para impedir que o Aterro Sanitário de Brasília, em Samambaia, torne-se um local de disposição inadequada de resíduos sólidos. A resolução serve também para futuros locais destinados à decomposição final de resíduos sólidos a serem construídos no Distrito Federal.
Essa é a primeira norma no DF que regula o monitoramento geotécnico e ambiental que a prestadora de serviço, no caso a Serviço de Limpeza Urbana (SLU), deve manter nos aterros. A resolução trata desde a implantação até a operação, manutenção, monitoramento e encerramento de aterros sanitários que recebem rejeitos de limpeza urbana e manejo de resíduos no DF.
A superintendente de resíduos sólidos da Adasa, Élen Dânia dos Santos, conta que, se um aterro sanitário não for bem operado, mantido e organizado, pode se tornar um local de disposição inadequado, como era o Lixão da Estrutural. ;O SLU já faz o monitoramento no Aterro de Samambaia, mas agora vai ter que incluir atividades como a avaliação da geometria da disposição dos rejeitos, monitoramento do deslocamento da massa disposta e da pressão do chorume e dos gases gerados no espaço;, conta, em relação o monitoramento geotécnico.
Na fiscalização ambiental, será feita análise da qualidade das águas subterrâneas e superficiais, atividade que tornará necessário criar poços de monitoramento nos aterros, para identificar os parâmetros físicos e químicos do chorume e dos gases.
Fechamento do lixão
Após quase 60 anos de funcionamento, o Aterro do Jóquei, popularmente conhecido como Lixão da Estrutural, fechou as portas em 20 de janeiro deste ano. O espaço era o segundo maior lixão do mundo e o maior da América Latina. Desde então, os resíduos estão sendo levados para o Aterro de Samambaia, projetado para comportar 8,13 milhões de toneladas de lixo durante uma vida útil de cerca de 13 anos.