Programa de redução de gastos e conscientização ambiental do Colégio Marista João Paulo II, da 702 Norte, deve reduzir em até 40% o valor da conta de água da instituição. Em junho deste ano, entrou em operação o sistema de captação e aproveitamento da água da chuva e de tratamento de águas cinzas. Além das reformas estruturais, foram investidos mais de R$ 120 mil em estação de tratamento, cisterna e reservatórios.
O diretor Marcos Scussel conta que, além de ser uma medida sustentável, trata-se de um espaço pedagógico. "Os alunos terão oportunidade de aprender e acompanhar as etapas de tratamento de água e reuso. A estação tem capacidade para tratar 24 metros cúbicos de água por dia", afirma.
O sistema é dividido em dois setores. O primeiro, de águas cinzas, coleta os recursos utilizados nos chuveiros e pias. E o segundo, usado em época de chuva, capta os recursos pluviais. Após passar pela estação de tratamento, o líquido é utilizado nas descargas dos sanitários e na irrigação dos jardins.
A iniciativa surgiu com foco na sustentabilidade, que é um dos eixos estratégicos da instituição. "Em Brasília, estamos com uma situação de água bem delicada, enquanto instituição educacional, fizemos a nossa parte, não só pela economia, mas também pelo bom uso dos recursos", reforça o diretor do Colégio Marista João Paulo II.
Alívio na crise hídrica
Após 17 meses de racionamento de água, a situação hídrica do DF vive um bom momento, mesmo em meio a estiagem. O reservatório do Descoberto, principal ponto de captação da capital federal, está com 82,7% da capacidade total em medição na tarde desta quinta-feira (2/8). O valor é mais que o dobro do registrado no mesmo período do ano passado: 38,7%.
Até o fim deste ano deve entrar em operação a captação de Corumbá IV, reservatório goiano que, segundo o governo, deve livrar o DF de uma nova crise hídrica durante as próximas décadas.