Um levantamento do Governo do Distrito Federal aponta que moradores de, pelo menos, 2,8 mil residências furtaram água no primeiro semestre de 2018. Em uma ação de combate a esse crime nesta quarta-feira (1;/8), a Polícia Civil e funcionários da Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) flagraram 50 casas no Areal alimentadas por ligações clandestinas.
Geraldo Donizeth, gerente de vistoria e fiscalização da Caesb, explicou como foi feita a identificação: "Nós temos postos que monitoram, via satélite, os prováveis pontos de consumo não autorizado. Com base nessas informações, nós começamos a acompanhar as regiões para descobrir onde é o ponto em que foi feita a derivação".
[SAIBAMAIS]A ação de combate desta quarta aconteceu na SHA, Conjunto 6 do Areal. Um ponto irregular de abastecimento servia água para mais de 100 pessoas e gerava prejuízos ambientais e financeiros. Para ter ideia do prejuízo anual provocado por ligações clandestinas semelhantes, em 2017, ano em que a crise hídrica na capital foi mais intensa, o GDF calculou uma perda 727 milhões de litros de água, um prejuízo de R$ 43,5 milhões aos cofres públicos.
Por outro lado, os moradores que ficaram sem água alegaram que a Caesb regularizaria a situação do abastecimento das casas, mas não voltou ao local. "Eles vieram aqui há dois meses, cadastraram todos os moradores e disseram que iam mandar os relógios. Mas sumiram depois disso", disse uma moradora da rua abastecida, que não quis se identificar.
Além de responder a um processo penal, os responsáveis também serão multados pela Caesb em até R$ 72 mil. Uma moradora falou com o Correio sem se identificar, se queixou da ação e pediu regularização da área. "Queremos pagar nossa conta igual a todo mundo", explicou.