O valor, se houver condenação, será revertido ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD). Em maio deste ano, para investigar o vazamento dos dados pessoais dos clientes da instituição, a comissão instaurou inquérito civil público.
Durante a investigação, foi comprovado, segundo o MP, o comprometimento dos dados cadastrais de 19.961 correntistas do Banco Inter. Desse total, 13.207 clientes tiveram dados bancários, como número da conta, senha, endereço, CPF e telefone vazados.
Além desses, 4.840 dados de clientes de outros bancos que fizeram transações com usuários do Inter foram comprometidos. O Ministério Público confirmou também a exposição de certificados digitais e da chave privada do banco.
Segundo o promotor Justiça e coordenador da comissão, Frederico Meinberg, as tentativas do banco de encobrir o incidente de segurança geraram prejuízos morais, além de insegurança aos clientes, não clientes, investidores, acionistas, ecossistemas de fintechs e startups brasileiros de dados.
Também comprometeu, na avaliação do promotor, a confiabilidade da migração dos serviços de processamento, armazenamento e de computação em nuvem das instituições financeiras. As informações foram comprovadas pelo Centro de Produção, Análise, Difusão e Segurança da Informação (CI) do MPDFT.
O Banco Inter informou que não vai comentar o caso.