Em 1963, dois anos após o início dos registros, os meteorologistas registraram o que seria o primeiro dos recordes na história do clima da capital federal. Aquele foi o ano de maior estiagem, com 164 dias sem chuva na capital, entre maio e outubro. ;Não podemos confundir com o ano de menor registro de chuvas, que ocorreu em 1986, que teve uma média de 1.006 milímetros por metro cúbico;, explica Hamilton.
[SAIBAMAIS]A média de dias sem chuva, segundo os 57 anos de registros, é de 100 a 120. ;No ano passado (2017), ficamos 127 dias sem chuva. É uma característica da região. As chuvas param em maio e só retornam em setembro. Às vezes, depois disso;, pondera. Por outro lado, a maior temperatura já aferida na capital é recente. Em 18 de outubro de 2015, os termômetros do Inmet marcaram 36,4;C.
Questionado sobre expectativas para este ano, Hamilton prefere não adiantar. ;Por enquanto, estão dentro do normal, do esperado. Em agosto, a temperatura começa a elevar e o pico das máximas ocorre entre entre o oitavo e o nono mês, quando entramos na primavera, com chuvas, temperatura alta, às vezes, a umidade cai, um período de transição com muitas oscilações;, descreve.
Probabilidade de chuva
E, como o assunto mais instigante da climatologia esta semana é a possibilidade de chuvas entre quinta e sexta-feira, ele também falou dos índices pluviométricos que mais se destacaram desde o início da série histórica. O ano mais chuvoso foi 1965, com 2004,4mm/m;.;De 30 em 30 anos, recalculamos a média de chuvas na capital federal. Pois é um período em que normalmente, ocorrem algumas mudanças climáticas. Isso é normal. Às vezes, em uma área que chovia menos, passa a chover mais, ou o contrário. A média de chuva em Brasília, hoje, é de 1477mm/m;. Antes, era de 1513mm/m;;, detalha.
Sobre os cerca de 20% de chances de chover no fim desta semana, Hamilton destaca que, para os meteorologistas, pelo menos, já era algo esperado. ;Segundo os dados que temos, é uma possibilidade de chuva normal. Todo ano acontece. Tem variações, mas sempre dentro da média. As pessoas é que esquecem;, brinca.
Hamilton também lembra que, no correr do próximo mês, a umidade do ar continuará baixando e pode chegar até 10%. ;Em junho e julho as temperaturas são muito baixas, e em agosto, começa a elevar a temperatura, mas cair ainda mais a umidade (do ar). Qualquer evento acima do normal, fazemos aviso meteorológico especial. A defesa civil toma ciência e faz as recomendação e para a população, com as precauções necessárias;, destaca.