Jornal Correio Braziliense

Cidades

Grupo que fraudava documentos para comprar material odontológico é preso

Os suspeitos compravam os equipamentos e revendiam na capital. Eles usavam cartões de crédito clonado para adquirir os itens

A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu seis pessoas suspeitas de usar dados de dentistas para adquirir material odontológico na capital. O grupo usava os documentos dos profissionais e cartões de crédito clonados para adquirir os equipamentos de empresas localizadas em Minas Gerais e no Paraná. Os supostos criminosos são acusados de integrar associação criminosa, falsificação de documento, clonagem de cartões, estelionato e receptação.

Todo o material era comprado com cartões de crédito falsificados. Para conseguir fazer a clonagem, os criminosos contavam com o apoio de um frentista de um posto de combustíveis, que conseguia os dados das vítimas. O delegado à frente do caso, Wisllei Salomão, explica que, com os documentos falsos, os criminosos compravam os equipamentos, que são de alto custo, e revendiam no mercado, por meio de uma empresa ligada aos envolvidos.
A operação, batizada de Dentarium, é de responsabilidade da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Propriedade Imaterial e a Fraudes (Corf) e foi deflagrada na manhã desta terça-feira (31/7). Os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos em Ceilândia, Brazlândia, Riacho Fundo 1 e em cidades do Entorno: Valparaíso (GO) e Águas Lindas (GO).

De acordo com a investigação, o líder da associação criminosa tem 22 passagens na polícia. Um dos integrantes do grupo ainda está foragido. Wisllei ressalta que desde 2015, há ao menos 36 ocorrências registradas por dentistas, que tiveram os nomes usados em compras fraudulentas.

Durante a operação, os agentes apreenderam um carro, equipamentos odontológicos, quatro celulares, documentos, cartões bancários, talões de cheque, comprovantes de depósito e até mesmo um diploma falso, de curso superior, em nome de um dos suspeitos. Com o comprovante de ensino superior, o objetivo do criminoso, segundo a investigação, era ter direito à cela especial.

Os investigadores conduziram todos os envolvidos à carceragem da Polícia Civil, onde vão permanecer à disposição da Justiça. Agora, os agentes tentam encontrar o suspeito que ainda está foragido.