Sete homens foram presos suspeitos de vender munição de alto poder de fogo e armas no mercado ilegal. Com os investigados, policiais apreenderam um fuzil, um revólver, uma pistola, três espingardas, uma carabina, um rifle, além de 300 projéteis. Os agentes encontraram, ainda, munição de calibres de uso restrito das forças policiais e de metralhadoras .30 e .50.
A ação ocorreu para reprimir a circulação irregular de armas de fogo e munição no Distrito Federal. Um dos criminosos chegou a movimentar R$ 10 milhões em 2017, mas os valores ainda estão sendo alvo de investigações. Ao todo, cinco foram presos temporariamente e dois em flagrante.
Intitulada Vulcano, a operação foi deflagrada na última quinta-feira (19/7) por policiais da Coordenação Especial de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado, aos Crimes contra a Administração Pública e aos Crimes contra a Ordem Tributária (Cecor). Além das prisões, os agentes cumpriram 11 mandados de busca e apreensão.
A polícia também recolheu armas de colecionadores, atiradores e caçadores. Entre elas, há algumas de grande potencial de fogo, como uma calibre 50, legalmente registrada. O armamento regular e registrado será restituído aos respectivos donos.
Memória
Não é a primeira vez que a Polícia Civil desmonta organizações que comercializam ilegamente armas e munição no Distrito Federal. Em 18 de maio, agentes da 23; Delegacia de Polícia (P Sul) prenderam na terceira fase da operação Paiol duas pessoas suspeitas de tráfico de armas de fogo e munição. Um dos criminosos é ex-militar do Exército e o outro se passava por policial militar para intermediar a venda do armamento. Na casa do ex-militar, em Águas Claras, agentes encontraram um fuzil, duas pistolas, mais de 10 mil munições, R$ 1,6 mil em espécie e R$ 20 mil em cheques.
Em 12 de abril, a segunda fase da Operação Paiol mirou um dos principais fornecedores de armas a criminosos do Distrito Federal, o policial militar da reserva Décio Antônio Gonçalves. A mulher dele também foi presa em flagrante, assim como o militar da aeronáutica Thiago ngelo Machado. Décio mantinha um arsenal na casa onde morava, em Vicente Pires. Ele alugava e vendia armas, além de munição. No local, foram apreendidas 16 armas de calibres .38, 765 e 45 e mais de 10 mil projéteis. Cada munição saía por cerca de R$ 12.
Em 23 de março, agentes da Polícia Civil deflagraram a operação Shooter para cumprir 22 mandados de prisão temporária e 40 de busca e apreensão contra organização criminosa responsável por tráfico de armas. Entre os envolvidos, estavam quatro militares do Exército, entre reformados e ativos, além de colecionadores de armas.
No início do ano, em 7 de março, policiais cumpriram mandados de prisão, de busca e apreensão, e de condução coercitiva contra traficantes de armas e droga. O principal investigado da operação Paiol era um ex-policial militar de Goiás, identificado como Pedro Henrique Freire de Santana. Ele também participou do serviço obrigatório do Exército Brasileiro. A suspeita é de que ele conseguia os armamentos com ex-colegas de serviço. Dezesseis pessoas foram presas, 70 projéteis apreendidos, além de oito armas e uma dinamite. Cada munição chegava a ser vendida por R$ 10, a depender do calibre.