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Novo lar: Brasília recebe imigrantes venezuelanos vindos de Roraima

Em uma nova etapa do processo de interiorização, 50 imigrantes venezuelanos terão o Distrito Federal como lar a partir desta terça-feira (24/7). É a primeira vez que a capital federal recebe imigrantes vindos da Venezuela

Hellen Leite
postado em 24/07/2018 11:55
Venezuelanos embarcam em Boa Vista rumo a outras cidades do país:entre abril e julho, 690 migrantes foram deslocados
Cinquenta imigrantes venezuelanos desembarcam na tarde desta terça-feira (24/7) em Brasília. Esta é a primeira vez que a cidade recebe imigrantes que, depois de chegar ao Brasil, ficaram retidos em Roraima.
As 13 famílias serão acolhidos na sede da ONG Aldeias Infantis, na Asa Norte. O grupo saiu, com outros 81 imigrantes, em um voo de Boa Vista com destino a Brasília e outras três capitais: Rio de Janeiro, São Paulo e Cuiabá. A vinda de famílias faz parte de processo de interiorização de venezuelanos solicitantes de refúgio e migrantes, que buscam oportunidades no país.

Segundo a ONG, no grupo que chega ao Distrito Federal, há 13 bebês, oito crianças, sete jovens e 22 adultos. Todos os selecionados aceitaram o deslocamento para outros estados, foram vacinados, submetidos a exame de saúde e regularizados no Brasil, recebendo CPF e carteira de trabalho.

[SAIBAMAIS]A Aldeias Infantis também fez um diagnóstico inicial de todas as famílias, identificando as competências e habilidades de cada membro para o mercado de trabalho. "Será feito um trabalho de desenvolvimento familiar e individual a partir de projetos já existentes que envolvem educação, saúde, cultura, empregabilidade e geração de renda", informou a instituição.

Interiorização

Entre abril e julho deste ano, o processo de interiorização dos migrantes que pediram refúgio ou residência no Brasil já envolveu 690 venezuelanos, levados de Roraima, por onde a maioria chega ao país, para outras cidades.
A maioria (267) foi para São Paulo. Outros 165, para Manaus; 95, para Cuiabá; 69, para Igarassu (PE); 44, para Conde (PB); e 50 ao Rio de Janeiro (RJ). O acolhimento depende do interesse das cidades de destino em participar do processo e da existência de vagas em abrigos.

Em nota, a Casa Civil da Presidência da República informou que, antes do acolhimento, são feitas reuniões com autoridades locais e coordenação dos abrigos para definição de detalhes sobre atendimento de saúde, matrícula de crianças em escolas, ensino da Língua Portuguesa e cursos profissionalizantes.

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