postado em 24/07/2018 09:22
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A polícia ainda não tem pistas sobre criminosos que explodiram dois caixas eletrônicos na madrugada desta terça-feira (24/7), no anexo do Palácio do Buriti, sede do poder executivo do Distrito Federal. Câmeras de segurança do prédio flagraram a ação, mas as imagens são muito escuras (veja vídeo acima).
Ao menos dois caixas eletrônicos foram explodidos: um do BRB e um da Caixa Econômica Federal. Na ação, o grupo efetuou entre dois e quatro disparos de arma de fogo e, na fuga, incendiou um dos veículos usados no crime, um Fiat Palio. O carro foi abandonado entre o Estádio Nacional e o Colégio Militar de Brasília. Duas viaturas do Corpo de Bombeiros, com 10 militares, controlaram as chamas e ninguém se feriu.
No vídeo a que o Correio teve acesso, é possível ver que um dos bandidos usou uma barra de ferro para golpear um dos caixas por diversas vezes até quebrar a portinhola por onde as notas são liberadas. Depois, o explosivo é colocado no interior da máquina e detonado.
De acordo com informações da Polícia Militar, os assaltantes conseguiram levar o dinheiro que estava nos caixas eletrônicos, mas não se sabias, até a última atualização desta matéria, o valor roubado. Ainda segundo a PM, o crime aconteceu às 3h40.
Fuzil de uso exclusivo
A corporação não divulgou a quantidade de vigilantes que estava no local, por motivos de segurança, mas informou que ninguém se feriu ou foi amarrado. Não houve troca de tiros entre criminosos e vigilantes, e o grupo teria disparado para o alto. Três cápsulas de calibre .556 foram encontradas no local. As munições, segundo a PM, são de um fuzil de uso exclusivo das forças armadas e polícias.
Além de viaturas, o helicóptero da Polícia Civil foi acionado para realizar as buscas. Enquanto isso, especialistas do Esquadrão de Bombas foram ao local para fazer uma varredura e dar garantias de que não restavam explosivos na área.
Na manhã desta terça-feira, por volta das 9h30, os peritos da Polícia Civil ainda estavam no anexo do Buriti para fazer a perícia e tentar encontrar pistas. Toda a área ao redor dos terminais estava isolada. Com a força da explosão, estilhaços de vidros tomaram o chão do estacionamento. O restaurante dos servidores, que fica ao lado, também foi afetado pela explosão.
Um morador de rua presenciou a ação dos criminosos, e disse que estava dormindo quando ouviu a explosão. "Achei que era algum botijão de gás dos quiosques que tem aqui, mas era o caixa. Também ouvi os tiros e uma das balas acertou um poste de energia do estacionamento", disse o homem, que não quis se identificar.
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Casos recentes
No último dia 12 de julho, um grupo de criminosos tentou explodir um caixa eletrônico na Administração Regional do Riacho Fundo 2. O grupo rendeu os vigilantes do local e os trancou em uma sala, e só não concluíram o crime porque não conseguiram fazer a dinamite funcionar. Segundo a Polícia Militar, a quantidade de material explosivo usada poderia destruir toda a estrutura do prédio.
Na mesma semana, um jovem de 20 anos foi preso em Ceilândia por portar uma banana de dinamite. De acordo com a Polícia Civil, o rapaz poderia estar estar envolvido em uma quadrilha especializada em roubos de caixas eletrônicos com o uso de artefatos explosivos.
Em fevereiro deste ano, a polícia prendeu uma quadrilha especializada em explosão de caixas eletrônicos. O chefe do grupo já havia sido preso pelo mesmo delito. Na primeira vez, o homem se beneficiou por ter delatado outros membros da quadrilha. Junto aos indivíduos apreendidos, foram encontrados uma pistola com seletor de rajadas e poder de metralhadora, três carregadores e 123 munições.