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Fabrício e Francisco não vão velar o corpo da criança. O motivo seria o estado de decomposição do corpo, que passou 21 enterrado no Cemitério de Planaltina, após o erro na entrega do bebê pelo HRP. A mãe se sente lesada com toda a situação. "Eu sinto que o meu direito de mãe, de poder velar o corpo do meu próprio filho, foi tirado. Eu me sinto como qualquer mãe no local se sentiria, completamente revoltada", lamenta Fabrícia.
"Amanhã eu vou ter a certeza de que tudo isso acabou realmente. Pelo menos o circo de horrores terá fim, mesmo que ninguém tenha sido responsabilizado até o momento", salienta.
Por conta das condições financeiras da família, todo o auxílio para o enterro veio do Cras. O corpo do natimorto será entregue pelo Instituto de Medicina Legal (IML) na terça-feira (23), como delimita o diretor do Instituto de Pesquisa de DNA Forense, o perito médico legista e geneticista forense Samuel Ferreira.
"Amanhã, o pai (Francisco) virá até o IML para formalizar a documentação. Ele virá com a certidão de óbito e a guia de sepultamento. Após resolvermos isso, faremos o encaminhamento do corpo para o enterro. Toda a nossa atuação foi para dar uma resposta o mais rápido possível para as famílias", afirma Samuel.