O cabo L. Freitas, assessor de imprensa da Polícia Militar do DF, presenciou o atropelamento e seguiu o carro, abordando o homem que havia fugido após atingir a criança. O resultado do teste do bafômetro apontou 1,05 miligramas de álcool por litro de ar expelido dos pulmões, muito acima do limite de 0,3.
Freitas deu voz de prisão ao homem no local: "Ele estava muito bêbado, não conseguia nem ficar de pé", relatou. Segundo nota da Polícia Militar, o carro do motorista embriagado colidiu com um veículo estacionado e lesionou a criança, que passava pelo estacionamento. A mãe puxou a jovem e evitou que a lesão fosse mais grave.
A criança sofreu escoriações na perna e foi conduzida para o hospital mais próximo pelo Corpo de Bombeiros. Ainda segundo o policial, o acidente só não foi maior porque a mãe da menina a puxou na hora que viu o carro vindo em direção a elas.
O homem preso estava com um passageiro no carro, que também apresentava sinais de embriaguez. De acordo com a Polícia Militar, o criminoso alegou que o freio do carro falhou na hora de fazer uma curva, mas negou ter atropelado a criança. O caso aconteceu na QS 10/11, no Areal, e o jovem recebeu voz de prisão na 21; Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul).
Vidas em risco
Casos em que vidas são colocadas em risco por conta da combinação entre álcool e direção se tornaram comuns no DF. Na última quarta-feira (18/7), por exemplo, um motorista foi preso embriagado enquanto dirigia com um bebê de um ano dentro do carro. O teste do bafômetro do homem de 43 anos apontou 0,84 miligramas de álcool por litro de ar expelido dos pulmões, mas isso não o impediu de conduzir a criança no banco de trás.
O motorista foi preso em flagrante em Brazlândia e conduzido a 24; Delegacia de Polícia (Setor O), mas foi liberado para responder ao processo em liberdade após pagar a fiança no valor de R$ 2 mil. Em ambos os casos, os homens embriagados estavam bem acima do índice de 0,3 miligramas de álcool por litro de ar, limite para caracterizar a direção como crime.