Amanda Ferreira - Especial para o Correio
postado em 21/07/2018 08:57
Um mês após a troca de dois bebês nascidos mortos no Hospital Regional do Paranoá, o caso continua em investigação. Na manhã deste sábado (21/7), a Polícia Civil do Distrito Federal, em coletiva de imprensa no Instituto de Pesquisa de DNA Forense (IPDNA), afirmou ter concluído em tempo recorde os exames de DNA, que provaram que os natimortos foram, de fato, trocados.
Os peritos médicos-legistas do Instituto de Medicina Legal (IML) e do IPDNA realizaram, na última quinta-feira (19/7), a exumação do natimorto que havia sido enterrado no Cemitério de Planaltina. No mesmo dia, também coletaram amostras da criança que se encontra no necrotério do hospital.
O grande desafio, de acordo com o Perito Médico Legista e Diretor do IPDNA, Samuel Ferreira, foi trabalhar de forma rápida para dar uma resposta concreta tanto as autoridades, quanto às famílias. "Após a morte geralmente se utiliza tecidos rígidos como ossos e dentes, mas são exames que demoram mais tempo pra dar uma resposta de identificação, cerca de uma semana ou mais. A técnica que utilizamos analisa tecidos moles e dá respostas com mais rapidez" afirmou. Logo, os legistas selecionaram a cartilagem dos natimortos, onde foi possível obter células de DNA com qualidade para o resultado.
Os exames, realizados em apenas 18 horas, foram concluídos na tarde de ontem e já estão disponíveis para os responsáveis e envolvidos no caso ; 6; DP do Paranoá, Secretaria de Saúde e famílias.
Ainda assim, mesmo após as identificações, não é possível saber quando a entrega correta será feita. "Nossa função é saber qual natimorto pertence a determinado casal. Identificamos que o natimorto que foi exumado no Hospital de Planaltina é filho de Fabricia da Silva e Francisco Faustino, enquanto o que está no Hospital Regional do Paranoá é de Francisca e Paulo Borges."