Preso por tráfico de drogas, Leomar conseguiu um habeas corpus na Justiça. Mesmo com outras duas ações penais em trâmite contra Leomar, que impossibilitariam a liberação dele, em 4 de julho foi solto. A DGAP afirmou que o impedimento "não foi observado pelos servidores do cartório da unidade".
Os responsáveis pelo cartório e os servidores encarregados de fazer as consultas foram afastados. Uma sindicância apura os fatos e os responsáveis pelo erro. Caso fique comprovado que os envolvidos agiram de forma proposital em benefício ao detento, eles podem ser exonerados.
Desde que foi solto, Leomar não foi mais localizado. A Polícia Civil de Goiás procura por ele. Antes de ser transferido para uma unidade especializada em criminosos ligados a facções no Presídio de Formosa, este ano, ele estava na Penitenciária Odenir Guimarães (POG).
Dentro da cadeia, chegou a chefiar uma quadrilha especializada em tráfico de drogas internacional, como apontam investigações da Polícia Federal. De acordo com as apurações, o grupo comprava cocaína na Bolívia e transportava em aviões até Goiás. A droga era distribuída para o Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais.
Essa não é a primeira vez que Playboy consegue ser liberado de forma irregular de um presídio. Em 2001, enquanto voltava para a prisão depois de prestar um depoimento, foi resgatado no meio do trajeto por quatro homens armados, que renderam a viatura que não estava sendo escoltada. Escutas telefônicas indicam que o traficante teria pago US$ 200 mil a um policial para facilitar a fuga.