Bandidos tentaram explodir um caixa eletrônico no Riacho Fundo 2. O crime ocorreu na madrugada desta quinta-feira (12/7), na administração da cidade. Segundo a polícia, a quantidade de material explosivo usada poderia destruir toda a estrutura do prédio.
A ação dos criminosos ocorreu por volta das 3h, após o grupo render os vigilantes do local e os trancarem em uma sala. Eles só não concluíram o crime porque não conseguiram fazer a dinamite funcionar. O major Michello Bueno, chefe da Comunicação da Polícia Militar, afirmou que o artefato foi feito artesanalmente e que o crime foi arriscado e sem conhecimento algum de explosivos. "Se o objeto tivesse sido detonado, talvez pudesse explodir o prédio inteiro", alertou.
[FOTO2] A sede da administração continuava isolada na manhã desta quinta-feira (12/7). A ocorrência foi encaminhada à 29; DP (Riacho Fundo) e à Coordenação Especial de Combate a Corrupção, ao Crime Organizado, aos Crimes Contra a Administração Pública e aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Cecor) para apuração, e os suspeitos ainda não foram identificados.
O episódio acontece três dias depois de um jovem ter sido preso em Ceilândia com uma banana de dinamite dentro de mochila. Os investigadores suspeitam que ele possa estar envolvido com roubos de caixas eletrônicos usando esses materiais.
Banco de dados para explosivos
Em fevereiro deste ano, a Polícia Civil prendeu um chefe de quadrilha especializada em explosão de caixas eletrônicos. Foi a segunda prisão do criminoso em dois anos pelo mesmo delito, mas, na primeira vez, ele havia se beneficiado por ter delatado os outros membros. Junto aos indivíduos apreendidos, foram encontrados objetos que demonstraram o alto poder de fogo da quadrilha, como uma pistola com seletor de rajadas e poder de metralhadora, três carregadores e 123 projéteis.
Para evitar novos casos de crimes envolvendo esse tipo de material, o Ministério Público Federal (MPF) sugeriu ao Ministério da Segurança Pública a criação de um sistema com informações sobre apreensões de explosivos e seus acessórios: "A plataforma permitirá a formulação de políticas de prevenção e repressão aos crimes praticados com a utilização desses materiais, como explosão de caixas eletrônicos, por exemplo", diz nota do MPF.
O banco de dados faria parte das ações previstas na Lei n; 13.675/2018, que foi sancionada em 11 de junho e institui o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública, Prisionais, de Rastreabilidade de Armas e Munições, e Material Genético, de Digitais e de Drogas (Sinesp).