A Embaixada do Reino Unido recebeu um público pequeno, mas que apoiou a Seleção Inglesa com muita vontade durante o confronto entre Colômbia e Inglaterra, na tarde desta terça-feira (3/7), pelas oitavas de final da Copa do Mundo. Com camisas da nação europeia e de times ingleses, os cerca de 20 torcedores acompanharam o confronto com muita apreensão e expectativa.
A última vez que a Inglaterra avançou a primeira etapa da fase final de um Mundial foi em 2006, quando o time da terra da rainha eliminou o Equador. Novamente enfrentando uma seleção sul-americana, a torcida está confiante na vitória. Neil McFayden, 35 anos, disse que este é o jogo mais importante desde o início do século.
"É o primeiro grande desafio até a final. Se vencermos, será uma boa oportunidade para ganharmos ainda mais confiança. Como torcedor, estou esperançoso, pois a chave da fase final nos deixou de um lado com seleções teoricamente fáceis. Acredito que podemos voltar às finais", comentou.
Torcedor do Tottenham, ele espera uma boa atuação do capitão e atacante Harry Kane, que atua pelo time londrino. "É ainda melhor torcer para a Inglaterra com ele no elenco. Neste ano, ele tem sido incrível. Que ele repita as atuações pelo Tottenham neste Mundial e nos conduza à final", disse.
Para se sentirem em casa, os torcedores acompanharam o jogo com a transmissão em inglês. Durante boa parte do primeiro tempo, o público na Embaixada ficou em silêncio, aflito pela importância do duelo. As boas chances criadas pela Inglaterra até animaram a torcida, mas os erros nas finalizações decepcionaram os ingleses.
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Além de europeus, brasileiros também apoiaram a Seleção Inglesa. Casada com Neil, Kamila Carrijo, 35, aguarda um triunfo inglês. "É uma equipe que sempre vem forte e, neste ano, tem um elenco muito equilibrado. Seria muito bom se eles chegassem à decisão, e enfrentassem o Brasil", destacou.
Depois de um primeiro tempo sem gols, os ingleses ficaram aliviados logo no início da segunda etapa. Após sofrer pênalti, Harry Kane converteu a cobrança para abrir o placar. Na Embaixada, a torcida comemorou explodindo confetes e apitando uma buzina.
Filho de brasileiros, Leonardo Pilla, 27, festejou o gol que deu a liderança pra os ingleses. Ele nasceu em Swansea, no País de Gales, e morou cinco anos em Londres antes de vir para o Brasil. "A Inglaterra estava dominando o jogo, e mereceu esse gol. Acredito que a Seleção pode ir longe. Tem um elenco bastante coeso, algo que não acontecia há muito tempo", disse.
Quando tudo caminhava para uma vitória tranquila da Inglaterra, Mina marcou um gol para a Colômbia nos acréscimos. O empate calou a torcida inglesa, que pareceu não acreditar no tento dos sul-americanos. Durante a prorrogação, o clima era de total tensão. Em uma das raras oportunidades que chegou ao ataque, a Seleção Inglesa não concluiu em gol, o que frustrou os presentes na Embaixada.
Os 30 minutos do tempo extra não tiveram alteração no placar, e a partida teve de ser decidida nos pênaltis. Depois de converter as duas primeiras cobranças, a Inglaterra desperdiçou o terceiro chute. O erro deixou os ingleses incrédulos. No entanto, a preocupação deu lugar ao alívio quando a Colômbia não acertou a sua quarta cobrança e o goleiro Pickford defendeu o último pênalti dos sul-americanos.
Na sequência, os ingleses explodiram de emoção quando Eric Dier garantiu a vitória do English Team. A gerente financeira Adriana Correira, 47, era uma das mais entusiasmadas. Ela tem uma filha de 16 anos, que nasceu em Londres. Com a classificação da Inglaterra, ela espera que os europeus alcancem a final. "Meu coração está dividido. Seria ótimo uma final entre Brasil e Inglaterra. Independentemente de quem ganhar, eu ficarei feliz", destacou.