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A segunda partida da Seleção Brasileira na Copa do Mundo da Rússia anima estudantes das redes pública e particular que assistem ao jogo contra a Costa Rica nas escolas. Dispensados do uniforme, eles vestem a cor verde-amarelo para torcer pelo bom desempenho do Brasil. Antes da partida, a ansiedade e a expectativa tomavam conta dos torcedores mirins mais animados.
No Centro de Ensino Candanguinho (Cecan), no Sudoeste, diretores prepararam seis ambientes com telões e televisores para professores, funcionários e alunos assistirem ao jogo. Aos gritos de "Vai, Brasil", a criançada torcia animada durante o início da partida.
Otimista, a aluna do 4; ano do ensino fundamental Maria Luiza Souza Brandão, 9 anos, esperava um placar de 7 x 0 para a Seleção Brasileira. ;Na Copa passada, quando a Alemanha ganhou de 7 x 1, eu tinha 5 anos e me lembro que fiquei triste. Desta vez, espero que o Brasil ganhe o hexa e que o juiz seja correto, o que não aconteceu no último jogo;, contou.
No primeiro gol do Brasil, marcado como impedimento, crianças desde o jardim 1 até o 1; ano do ensino fundamental gritaram, pularam, vibraram e balançaram pompons verdes e amarelos. Aluna do 1; ano, Maria Clara Dias, de 5 anos, quer que a Seleção faça, ao menos, 12 gols. "Quero que o Brasil vença. Assistir ao jogo com minhas amigas é muito legal", disse ela, que pintou corações no rosto com as cores da bandeira nacional.
A festa é deles
Coordenadora do colégio, a professora Carla Soares combinou com as crianças que, a cada gol, elas sairiam pelo pátio da escola para comemorar como quisessem. "No colégio, elas fazem parte da torcida, porque estão entre os iguais. Em casa, muitas vezes, a festa é de adultos. Aqui nascem os torcedores e, quem sabe, um Neymarzinho", brincou.
Para o estudante do 1; ano do ensino médio Theo Abarno, 14, o Brasil "vacilou" contra a Suíça. No entanto, ele acredita na vitória da Seleção neste segundo jogo da Copa na Rússia. "Nós vacilamos contra a Suíça, mas, agora, o time não pode só convencer no primeiro tempo. O ataque precisa aparecer durante todo o jogo", pontuou.
No Centro de Ensino Médio Setor Leste, o segundo tempo do jogo ficou marcado pela animação dos alunos do 2; e 3; anos. Com gritos de "Vai, Brasil" e "Eu acredito", eles pediam por gols. O momento de maior animação foi a tomada de bola do time de Tite rumo à rede. Mas, sem gols, os rostos de decepção marcaram o auditório.
A diretora Janaína Moreira de Faria conta que esse momento de assistir ao jogo foi uma demanda dos próprios alunos. "Vimos que eles tinham interesse e muitos pediram por isso. Além do mundial como esporte, a Copa é uma oportunidade para aliarmos com o conteúdo pedagógico. Inclusive a prova bimestral é sobre esse assunto", ressaltou.
Pipoca feita no colégio
A empolgação dos alunos do Setor Leste ecoava no auditório da instituição de ensino. Os estudantes assistiam ao jogo com pipoca feita na cozinha da escola. Nas costas, alguns carregavam a bandeira da Seleção. Algumas meninas usavam tiaras com a cor verde-amarela, como a aluna do 3; ano, Clara Hanna Davilla, 17 anos.
"Assistir aqui é muito melhor, porque a gente está entre amigos e tem o calor da torcida. É muito melhor do que ficar em casa. O Brasil está jogando bem, mas precisa melhorar. De toda forma, neste ano, o hexa vem. Estou confiante. Deus é brasileiro", destacou.
O amigo Sávio Bispo Reis, 17, era um dos mais animados. Com a bandeira do Brasil, ele gritava a cada chance perdida, e vibrava com o ataque da Seleção: "É muita expectativa, mas o hexa em 2018 vai ser uma realidade. Eu acredito. Aqui está todo mundo nesse envolvimento, em uma mesma vibração. Vai acontecer".
Na hora da cobrança do pênalti de Neymar, era grande a expectativa entre alunos e funcionários. Mas, com a negação do juiz, a frustração apareceu nos rostos dos docentes e nas vozes dos alunos. Na sala do 2; ano A, os alunos assaram carne em uma churrasqueira portátil.
Nos seis minutos de prorrogação do segundo tempo, os alunos ajoelharam. Os gritos foram de "Eu acredito". O mais emocionado é abraçado pelos colegas. Ele está vestido com uma camisa do Flamengo. Os gritos são de "Eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor".
Após o gol, eles se abraçaram, vibraram juntos, pularam e se emocionaram. Ergueram a bandeira do Brasil com emoção e pediram por mais um gol. O desejo foi atendido por Neymar, que marcou o segundo pela Seleção.
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